Desmonte controlado é melhor método para demolir prédio, diz especialista
Engenheiro Rafael Timerman, diretor do Instituto de Engenharia de São Paulo, avaliará estrutura nesta tarde
O melhor método a ser empregado na demolição do prédio da região da 25 de Março que pegou fogo e está em vias de colapsar é o de demonstre controlado, segundo análise preliminar do engenheiro Rafael Timerman, diretor do Instituto de Engenharia de São Paulo.
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Passadas mais de 60 horas de trabalho, o Corpo de Bombeiros continua no local nesta quinta-feira (14) fazendo vistorias preventivas na edificação. Eles empregam um drone para poder vistoriar todos os dez andares da estrutura. A fumaça que ainda pode ser vista saindo do local é fruto da temperatura do ambiente e da liberação de gases do material que foi queimado, segundo a corporação.
Também nesta quinta-feira o prefeito Ricardo Nunes (MDB) informou que a demolição do local começará neste sábado (16). “A gente não pode perder tempo, principalmente pelos riscos do prédio cair e dos inconvenientes que estão sendo causados pela interdição da rua”, afirmou o prefeito em entrevista coletiva. Pelo que ele disse, quem bancará os custos são os donos do prédio.
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Falando em tese, já que ainda não fez a avaliação do prédio, o que deve ocorrer na tarde desta quinta, Timerman afirmou que a implosão é descartada, sobretudo pelo porte, localização e adensamento da região. “O melhor método é o de desmonte controlado”, afirma.
Como o próprio nome diz, no desmonte controlado, as peças do edifício são retiradas por partes, num estilo Lego, e, se necessário, algumas estruturas são reforçadas antes de serem retiradas. “Assim como se faz um projeto para construir, é necessário até ensaios para demolir”, explica o especialista.
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Um dos métodos mais empregados por construtoras atualmente na aquisição de imóveis para construção de novos empreendimentos, o desmonte controlado é muito empregado em regiões adensadas como Jardins e Higienópolis. O método consiste em levar abaixo a estrutura por partes, sem que haja prejuízo às edificações próximas.
Se esta for a opção no caso do edifício da 25 de Março, nem é possível estimar quanto tempo isso demandará, segundo Timerman. “É um edifício de dez andares e teve um grande dano”, afirmou.
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