BottaGallo transforma pratos tradicionais em petiscos
Pequenas porções para dividir e ambiente com mobiliário de madeira dão o clima no novo bar e restaurante no Itaim Bibi
Era natural a expectativa em torno da casa. Afinal, ela foi concebida por dois cachorros grandes na criação de endereços de sucesso na cidade. De um lado, a turma da Companhia Tradicional de Comércio (do Original, Pirajá, Astor, SubAstor, pizzaria Bráz…); do outro, o empresário Ipe Moraes, dono da Adega Santiago e do Espírito Santo. Inaugurado no dia 12 de janeiro, o BottaGallo correspondeu. Já na segunda noite de funcionamento, era de quarenta minutos a espera por uma mesa. O acolhedor salão para 100 pessoas lembra o do Adega Santiago. Não por acaso. Foi projetado pelo mesmo arquiteto, Carlos Motta, que assina também o belo mobiliário de madeira de demolição.
Mix de bar e restaurante, o BottaGallo parte de uma ideia inovadora. Oferece receitas italianas na forma de tapas (pequenas porções para partilhar), que ganharam ali o nome de botta. Uma delas chama-se plin (R$ 14,00), um delicado agnellotti — versão piemontesa do ravióli — servido sem molho e envolto em guardanapo. Outra boa pedida, as scarpettas foram criadas com base no hábito italiano de limpar o molho do prato com pão. São nove sugestões em tigelinhas, caso do discretamente picante sugo com calabresa (R$ 18,00). Atente também para o nhoque dourado em azeite incrementado por ricota, cubos de tomate e rúcula (R$ 13,00) e o cozido de feijão-branco com linguiça de javali (R$ 11,00), ambos saborosos.
Pode incomodar o serviço, artificialmente atencioso. A opção de só incluir vinhos da Itália na carta de 130 rótulos resultou em poucos exemplares abaixo de R$ 80,00, caso do tinto siciliano Masseria Trajone Nero d’Avola 2007 (R$ 78,00). Por outro lado, o chope (Brahma, R$ 5,10) segue o padrão de qualidade das casas-irmãs e há drinques equilibrados, a exemplo do venezia carnevale (R$ 21,00), combinação de prosecco, brandy, licor de maracujá com camomila e purê de pera