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Bolsonaro critica Bruno Covas, morto em maio; PSDB se manifesta

Fala do presidente era sobre ida do prefeito com o filho a jogo de futebol após restrições contra a Covid-19

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 19h50 - Publicado em 2 ago 2021, 19h41
imagem dividida em duas: à esquerda, close no rosto do bolsonaro, que está com expressão séria. à direita, bruno covas em foto preto e branco de braços cruzados sorrido para a foto com o viaduto do chá ao fundo
Bolsonaro fez crítica ao ex-governador Bruno Covas, falecido em maio, e é chamado de covarde na internet (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Alexandre Battibugli/Divulgação)
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) recebeu duras críticas de internautas e políticos nesta segunda-feira (2) após criticar o ex-prefeito Bruno Covas (PSDB) pela ida à final da Libertadores com o filho Tomás, em 30 de janeiro deste ano. O ataque ao político, falecido em 16 de maio, aos 41 anos, por conta de um câncer entre o estômago e o esôfago, causou revolta nas redes. O governador João Doria (PSDB) e o próprio PSDB, partido do ex-prefeito, se manifestaram em repúdio à fala do presidente.

“A desumanidade de Bolsonaro, agredindo de forma covarde Bruno Covas, só demonstra ainda mais sua falta de respeito pelos vivos e pela memória dos mortos”, disse Doria.

O perfil oficial do PSDB no Twitter escreveu: “Bolsonaro não respeita os vivos, os mortos, as instituições, a democracia, o bom senso. Agora ataca até a memória de Bruno Covas, prefeito eleito por milhões de paulistanos”.

O ataque do presidente a Covas aconteceu quando o chefe do Executivo criticava a condução de gestores estaduais e municipais por tomarem medidas restritivas contra o avanço da Covid-19. Ele fez crítica direta ao governador João Doria (PSDB) e a Covas.

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Sobre Covas, Bolsonaro disse que, apesar de estabelecer as medidas na capital paulista, o ex-prefeito foi assistir à final da Libertadores no estádio Maracanã, no Rio de Janeiro, com o filho Tomás durante a pandemia, em 30 de janeiro.

“Um fecha São Paulo e vai para Miami. O outro, que morreu, fecha São Paulo e vai ver Palmeiras e Santos no Maracanã. Esse é o exemplo…”, disse Bolsonaro durante conversa com apoiadores na saída do Palácio do Alvorada, em local conhecido como ‘cercadinho’.

Na ocasião, Covas foi criticado pelo ato. Em resposta, disse que tirou três licenças da prefeitura para ficar com o filho e queria realizar promessa de levá-lo a uma final de Libertadores. “Depois de tantas incertezas sobre a vida, a felicidade de levar o filho ao estádio tomou uma proporção diferente para mim. Ir ao jogo é direito meu. É usufruir de um pequeno prazer da vida”, falou. Tomás disse ao Fantástico, após a morte do pai, que a ida ao jogo não foi por acaso e que “ele [Bruno Covas] tinha esse desejo [de levar a uma final de Libertadores]. Ele falou que queria me deixar realizado e deixou”.

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