Inúmeras referências de “As Aventuras de Peabody & Sherman” são erro ou acerto?
Desde que estreou nas telonas, só leio elogios à animação As Aventuras de Peabody & Sherman. Dá para entender. A trama do cão gênio que adota um menino e constrói uma máquina do tempo para ensiná-lo grandes passagens históricas tem referências bastante inteligentes. Depois de assisti-lo com minha filha, no entanto, fiquei me perguntando: será […]
Desde que estreou nas telonas, só leio elogios à animação As Aventuras de Peabody & Sherman. Dá para entender. A trama do cão gênio que adota um menino e constrói uma máquina do tempo para ensiná-lo grandes passagens históricas tem referências bastante inteligentes. Depois de assisti-lo com minha filha, no entanto, fiquei me perguntando: será que na boa intenção esse pessoal da Dreamworks não exagerou?
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Veja que não é pouca coisa para uma criança absorver: um cão adota um menino, o menino sofre bullying, o cão é um gênio inventor (e dá-lhe invenções mil mencionadas) e por fim inventa uma máquina do tempo. Em meio a uma questão conciliatória com o conselho tutelar, a máquina do tempo leva os protagonistas para o Egito dos faraós, para a renascença italiana (onde ficam íntimos de Leonardo da Vinci), para a Guerra de Tróia, para a Revolução Francesa e ao encontro de George Washington. No final, até Bill Clinton dá uma palhinha. Tudo isso num vai e volta para o passado, futuro e presente que não deve nada a “De Volta Para O Futuro” em termos de ação.
Para os adultos ou adolescentes as diferentes menções são todas familiares, mas para a criançada mais nova fica impossível aprender algo com um pano de fundo histórico tão tumultuado somado a um roteiro com tantas reviravoltas.
Fiquei lembrando de como os desenhos e revistas de Asterix, o herói Gaulês que passou pelo Egito de Cleópatra, pela origem dos bancos suíços e vivia às turras com o exército romano me ajudaram a aprender história. Cada revista/filme tratava de um povo ou passagem ao longo de todas as suas páginas, ajudando não só a fixar o assunto como a mostrar várias camadas de um mesmo tema.
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Óbvio que Sherman e Peabody ainda assim valem a ida ao cinema. Com boas sacadas (como o cão ter sido o inventor de um ritmo famoso nas academias, momento hilário do filme) e uma esperta abordagem da diversidade dos modelos familiares, tema dos mais atuais, a animação é, no fim das contas, pura diversão.