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SP está mais preparado para “nova Ômicron”, diz chefe de comitê científico

Médico Paulo Menezes atribui a altas taxas de vacinação contra Covid situação mais favorável para enfrentar subvariante mais transmissível

Por Clayton Freitas
Atualizado em 16 mar 2022, 14h47 - Publicado em 16 mar 2022, 14h40
Paulo Menezes
Paulo Menezes é o chefe do comitê científico do governador João Doria (PSDB) (Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)
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As altas taxas de vacinação contra a Covid-19 registradas em quase todas as faixas etárias, tanto da segunda dose quanto do reforço (3ª dose), conferem ao estado de São Paulo uma situação mais favorável para o enfrentamento das novas variantes da doença, segundo disse nesta quarta-feira o médico Paulo Menezes, chefe do comitê científico montado pelo governador João Doria (PSDB).

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Ele foi questionado a respeito da BA.2, uma subvariante da Ômicron, que tem demonstrado ser muito mais transmissível do que a própria cepa que é derivada, esta que, por sua vez, já é uma variante do SarsCov-2.

“O comitê científico acompanha diariamente a situação. Ela [BA.2] tem mostrado uma maior capacidade de transmissão do que a BA.1 [ômicron]. Entretanto, o que a OMS considera variante de preocupação é a Ômicron”, afirmou durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.

A subvariante BA.2 foi a responsável por uma nova alta de casos em países como Dinamarca e Estados Unidos. O CDC (Controle e Prevenção de Doenças) dos EUA já emitiu uma análise preliminar indicando que ela é 1,5 mais transmissível do que a própria ômicron, embora ainda não haja certeza se é ou não mais grave do que as demais já identificadas.

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Menezes afirmou que embora a BA.2 já venha ganhando espaço em países asiáticos e do leste europeu, o estado de São Paulo está melhor preparado agora do que antes, sobretudo devido aos números da vacinação.

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“Com o sucesso da cobertura vacinal, conseguiremos enfrentá-la”, afirma.

O estado de São Paulo foi o primeiro do país a atingir a meta de 90% de imunização de sua população no Brasil. Uma pessoa só é considerada imunizada se completar o ciclo vacinal, que consiste nas duas doses da vacina.

Para explicar a sua tese, Menezes lembrou da situação de Nova Zelândia e Coreia do Sul, que já tiveram nova expansão de casos de Covid-19. Segundo disse, a proporção de mortes nos dois países foi desigual, já que o país do Pacífico Sul está mais adiantado do que o asiático na vacinação de sua população.

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Menezes foi um dos entrevistados na coletiva à imprensa na tarde desta quarta-feira, que contou ainda com o governador João Doria (PSDB) e outros integrantes do governo estadual. Entre outras coisas, foi anunciado que os idosos a partir de 80 anos de idade devem começar a receber a quarta dose da vacina contra a Covid-19 a partir do dia 21 deste mês. Também foram divulgados números da doença no estado.

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