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Chuva acumulada de 15 dias já supera a média do mês de março na capital

Zona leste foi a mais atingida até agora, com volume de água 52% acima do esperado; capital deve ter mais precipitações

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
16 mar 2022, 12h09

A chuva acumulada nos primeiros 15 dias deste março de 2022 na cidade de São Paulo já superou o volume esperado para todo o mês. Dados do CGE-SP (Centro de Gerenciamento de Emergências da Prefeitura de São Paulo) indicam 193,4 mm até esta terça-feira (15), quantidade 10,4% superior aos 175,2 mm de média esperados.

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E se a previsão se confirmar, essa quantidade será muito maior, já que devem ocorrer novas precipitações nesta quarta-feira e também nos próximos dias.

Segundo o CGE-SP, choveu em 14 dos 15 primeiros dias deste mês. O único dia em que não foram registradas precipitações foi em 2 de março. Por outro lado, o recorde foi no dia 12, último sábado, quando a capital foi atingida por 42,9 mm de chuva, em média. Fazendo jus a um trecho do último estrofe da canção do carioca Tom Jobim (“São as águas de março, fechando o verão”), o mês é tradicionalmente molhado na pauliceia, já que, em média, chove em 21 dos 31 dias de março na capital paulista, segundo o CGE-SP.

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Zona leste mais atingida

Pelos dados do CGE-SP, a região mais atingida na cidade de São Paulo foi a zona leste, mais especificamente a Vila Prudente, com 267,1 mm, 52% superior à média esperada para o mês.

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Apesar disso, os índices foram elevados em toda a capital.

O centro, mais especificamente a Bela Vista, onde fica a sede do órgão, registrou um acumulado de 264,5 mm. A lista ainda inclui Pinheiros, na zona oeste, com 255,1 mm; Vila Maria e Vila Guilherme, ambos na zona norte, tiveram 251, 6 mm; e Jabaquara, na zona sul, registrou 242 mm de chuva.

Outros dois bairros da zona leste figuram no ranking daqueles que registraram os maiores acumulados: Itaim Paulista (240,8 mm), e Mooca (235,5 mm).

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No total o CGE-SP mantém uma rede de 32 estações meteorológicas automáticas. Trata-se de uma rede diferente do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), órgão do governo federal, que mantém uma estação tradicional –a que é considerada a medição mais antiga na capital– no mirante de Santana (zona norte), e outras duas automáticas, sendo uma ao lado do Sesc Interlagos, na zona sul.

Reportagem publicada em fevereiro deste ano pela VEJA São Paulo mostrou que um maior volume de chuva já era esperado. Além disso, mostrou que a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) não gastou todo o dinheiro reservado ao combate de enchentes e à prevenção de alagamentos em 2021, segundo levantamento da Rede Nossa São Paulo feito a pedido da Vejinha.

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Estragos e previsão

As chuvas registradas nos últimos dias vem provocando uma série de transtornos para os paulistanos.

Além dos tradicionais alagamentos, uma das situações mais críticas é a vivida por moradores de Arthur Alvim (zona leste), que tiveram parte das ruas submersas. Além da chuva forte, o problema foi provocado por uma obra da prefeitura, que colocou 11 bombas para tentar escoar a água acumulada. A solução definitiva só deve acontecer no final do mês que vem. Leia mais sobre o problema aqui.

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Imagem mostra área alagada pelas águas da chuva; um carro está submerso e nível da água chega à metade das construções
Via de bairro da zona leste debaixo de água da chuva (Arquivo Pessoal//CristielaineF/Reprodução)

Se a previsão se confirmar, o paulistano deve sofrer mais transtornos no trânsito nas próximas horas. Isso porque está ocorrendo elevação gradativa da temperatura. A combinação do calor e a entrada de brisa marítima gera áreas de instabilidade e provocar chuva.

Uma grande preocupação das autoridades é que além do acumulado de água no asfalto, a constância da chuva pode levar a transbordamento de rios e córregos. Além disso, o solo úmido coloca em risco áreas de encosta.

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