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Sobreviventes da Covid têm maior risco de morrer após infecção, diz estudo

Pesquisa publicada na “Nature” ecoa tema das sequelas prolongadas em recuperados do coronavírus e mostra que mais da metade corre maior risco de morte

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
23 abr 2021, 17h47

Sobreviventes da Covid-19 têm um risco 59% maior de morrer dentro de seis meses após infecção, segundo estudo publicado nesta quinta-feira (22) na revista científica “Nature”, uma das mais importantes do mundo.

A pesquisa é uma das maiores já feitas a respeito das sequelas da infecção pelo coronavírus e trata da chamada “Covid longa”. Esse termo diz respeito às doenças e sequelas causadas em cerca de 80% das pessoas que se recuperaram da Covid, segundo estudos. Das condições identificadas até o momento, as cinco principais são fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar.

O estudo revela que muitas pessoas estão sofrendo de uma série de problemas de saúde depois da cura e que também passam a ter uma chance maior de não sobreviver nos meses seguintes. Foram utilizados bancos de dados nacionais de saúde do Departamento de Assuntos de Veteranos dos Estados Unidos para identificar as sequelas em até 6 meses após a infecção.

Segundo a pesquisa, foram identificadas sequelas no sistema respiratório e em vários outros, incluindo o sistema nervoso, além de diversos distúrbios, entre eles os neurocognitivos, de saúde mental, metabólicos, cardiovasculares e gastrointestinais.

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Apareceram também relatos de mal-estar, fadiga, dores musculoesqueléticas e anemia, e houve um aumento no uso de analgésicos (opioides e não opioides), antidepressivos, ansiolíticos, anti-hipertensivos e hipoglicemiantes orais.

O pesquisador Ziyad Al-Aly, que conduziu o estudo, afirmou à Bloomberg que a internação por Covid-19 é “apenas a ponta do iceberg”. “Estamos começando a ver um pouco abaixo do iceberg, e é realmente alarmante”. Ele e os outros pesquisadores que participaram do estudo documentaram uma série de sequelas debilitantes que afetam os sobreviventes meses após o diagnóstico.

A “Covid longa” tem, até o momento, 55 efeitos de longo prazo sobre a pessoa que se recuperou da Covid-19. Pesquisas reunidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que as mulheres são as que mais relatam complicações posteriores à infecção pelo novo coronavírus. Um estudo britânico que acompanhou 1.077 pessoas internadas por Covid aponta que 7 a cada 10 desses pacientes não se sentiam totalmente recuperados 5 meses após alta e que 1 a cada 5 delas relatou dificuldades de ver, ouvir ou andar.

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