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Primeiro caso de reinfecção pelo coronavírus é confirmado

Estudo constatou que o vírus causador da segunda infecção era de uma linhagem diferente da primeira

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
24 ago 2020, 16h54

A confirmação do primeiro caso de reinfecção pelo novo coronavírus do mundo foi anunciada nesta segunda-feira (24) por cientistas de Hong Kong. O resultado, bem como a pesquisa que o identificou, foi aceito pelo “Clinical Infectious Diseases”, da editora da Universidade de Oxford, no Reino Unido.

“Um paciente aparentemente saudável e jovem teve um segundo caso de infecção pela Covid-19 diagnosticado 4 meses e meio depois do primeiro episódio”, disseram os cientistas da Universidade de Hong Kong

Para chegar ao resultado, eles testaram o código genético do vírus e constataram que o vírus causador da segunda infecção era de uma linhagem diferente da primeira. O homem de 33 anos que foi infectado duas vezes teve sintomas leves na primeira vez que contraiu o vírus e nenhum sintoma na segunda vez.

“Nossos resultados provam que a segunda infecção é causada por um novo vírus, que ele adquiriu recentemente, em vez de uma disseminação viral prolongada”, afirmou Kelvin Kai-Wang To, microbiologista clínico da universidade.

O artigo dos pesquisadores destaca que o genoma do primeiro vírus era semelhante a amostras colhidas em março e abril desde ano. Já a segunda era parecida com amostras coletadas entre julho e agosto.

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“Nossos resultados sugerem que o Sars-CoV-2 pode continuar a circular entre os humanos apesar de uma imunidade coletiva baseada em infecções. Estudos mais aprofundados de pacientes com reinfecção vão colaborar para um melhor desenho de uma vacina”, concluem os cientistas.

Especialistas pedem cautela na interpretação dos dados. Para Maria Van Kerkhove, líder técnica para Covid-19 da Organização Mundial da Saúde (OMS), esse é um caso provável de reinfecção. “É importante documentar e fazer o sequenciamento do genoma dos vírus, mas ainda não podemos tirar conclusões precipitadas”, afirmou.

“Sabemos que as pessoas produzem resposta imunológica [contra o Sars-Cov-2], mas não sabemos ainda quanto tempo ela dura e nem quão forte ela é. Precisamos de estudos para entender como essa resposta funciona”, disse a especialista.

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