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Ministro da Saúde afirma que quarentena foi “precipitada”

Luiz Henrique Mandetta concordou com declarações polêmicas dadas por Jair Bolsonaro na terça (24)

Por Guilherme Queiroz
Atualizado em 25 mar 2020, 18h37 - Publicado em 25 mar 2020, 18h27
O Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (Isac Nóbrega/ Agência Brasil/Divulgação)
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O Ministro da Saúde falou da pandemia da Covid-19 que atinge o país nesta quarta-feira (25). Luiz Henrique Mandetta atualizou o número de casos e óbitos causados pela doença no país, pontuou sobre as ações que são organizadas pela pasta que coordena e também comentou as declarações polêmicas dadas por Jair Bolsonaro na noite de terça (24).

“A última vez [que tivemos] quarentena foi da gripe espanhola”, afirmou Mandetta, sobre a doença que atingiu o mundo há mais de 100 anos. “Estamos iniciando uma curva e precisamos ter calma, porque a quarentena é um remédio extremamente amargo”. disse.

“Vai ter uma hora que a gente vai precisar usar. Mas existe a possibilidade de trabalhar por bairro, fazer redução de mobilidade urbana em certos aparelhos”. Em seguida fez críticas a governadores e municípios que adotaram medidas para restringir a circulação. “Nós saímos do início dos número para um efeito de quarentena em todo o território nacional, como se estivéssemos em franca epidemia”.

O Brasil registra 2 433 casos da doença, segundo último boletim divulgado pelo governo, e 57 mortes. 862 dos casos são no estado de São Paulo, que contabiliza 48 óbitos. Até a semana passada o ministro repetia um bordão nas recomendações para a população durante as coletivas: “fiquem em casa”, o que não ocorreu nesta quarta. Ele mencionou que cumprimentos como “beijos e abraços” devem ser evitados e reiterou a importância de lavar as mãos.

Afirmou que “as questões econômicas são importantíssimas, que foram abordadas pelo presidente” durante o pronunciamento em rede social, e concordou com Bolsonaro. Declarou que a decisão de quarentena por parte de municípios e estados “foi precipitada”.

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Na terça o chefe do Executivo criticou também a suspensão das aulas e defendeu isolamento social apenas para os mais velhos, contrariando as indicações da Organização Mundial da Saúde e do próprio Ministério da Saúde, atitude não mencionada por Mandetta.

Ele também falou sobre o uso do medicamento hidroxicloroquina, que com novo protocolo, será ministrado em pacientes em estado grave que foram diagnosticados a Covid-19 e estão internadas em UTI. Afirmou que testes estão sendo feitos para verificar a real eficácia da droga no combate da doença.

 

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