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SP retirou doses a mais do Butantan, diz Saúde sobre acusações de Doria

Governador afirmou que gestão federal entregou 50% menos imunizantes da Pfizer

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 4 ago 2021, 18h48 - Publicado em 4 ago 2021, 18h39
O governador João Doria
O governador João Doria (Divulgação/Governo de São Paulo/Veja SP)
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João Doria (PSDB) afirmou pelas redes sociais nesta quarta-feira (4) que o Ministério da Saúde enviou menos doses do que o previsto da vacina da Pfizer contra a Covid-19 para a campanha de imunização em andamento no estado. A pasta realizou uma coletiva de imprensa para se posicionar sobre as acusações do tucano. De acordo com o governo federal, São Paulo retirou mais doses do que o previsto do Instituto Butantan e, por isso, “compensações” foram feitas na distribuição de outras vacinas.

“SP não aceitará boicotes do governo federal! Ontem recebemos metade das doses de vacinas da Pfizer previstas. O argumento é que SP está com a vacinação mais avançada. Estão punindo a eficiência da gestão de SP?”, escreveu Doria em uma rede social.

“Nenhum estado é prejudicado quando a gente estabelece uma pauta de distribuição”, disse o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Moreira da Cruz. Ele afirmou que os estados não recebem um percentual fixo das vacinas disponíveis do país: a quantidade varia conforme a porcentagem que o grupo que está sendo imunizado representa sobre a população total da unidade da federação. Outro fator que influencia um estado receber mais ou menos doses é o estágio da campanha, sendo que a prioridade, de acordo com Rodrigo, acaba sendo nos locais em que a vacinação está mais lenta.

“Com relação ao estado [de São Paulo], a gente vem informar que não há prejuízo. Todos os estados são representados na discussão das pautas [de vacinação], a pauta não é fechada unilateralmente pelo Ministério da Saúde”, disse Rodrigo.

“O que ocorreu no estado de São Paulo em relação determinados imunizantes é o que também já foi pactuado, o fato do [Instituto] Butantan estar lá e o estado poder retirar o imunizante diretamente, muitas vezes pode-se retirar um quantitativo maior”, disse a secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo.

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De acordo com Rosana, em duas ocasiões nas últimas semanas, São Paulo retirou mais doses do Butantan do que o previsto. “Na 33ª pauta eles deveriam ter recebido 620 000 doses e retiraram 678 000, a gente faz uma compensação”, disse. “Na 34ª pauta retiraram 271 000 doses e deveriam ter recebido 178 600, isso foi compensado com outros imunizantes”.

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