Mesmo com internações em queda, estado faz alerta para Carnaval

Embora alta seja comum após feriados, chefe do comitê científico de Doria diz que população deve escolher se acelera ou não a tendência de melhora

Por Clayton Freitas
Atualizado em 16 fev 2022, 15h11 - Publicado em 16 fev 2022, 13h54

Imagem mostra uma multidão colorida de pessoas aglomeradas em um bloquinho de carnaval. — Carnaval de rua em São Paulo. (Ricardo Matsukawa/Veja SP)

Dados apresentados pelo governo estadual no início da tarde desta quarta-feira (16) indicam queda na quantidade de pessoas internadas devido à Covid-19 em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e enfermaria. Apesar disso, as autoridades de saúde alertam para o Carnaval, que, apesar de não ter desfiles na capital e nem festa de rua, preocupa, sobretudo devido a festas particulares, que não estão proibidas.

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“Infelizmente esse período de feriado sempre tem uma consequência, uma piora dos indicadores, e vem acontecendo desde o início da pandemia. As pessoas devem ter um cuidado maior, uma preocupação maior. O fato de não ter as festas normais não retira a responsabilidade das pessoas em diminuir as aglomerações e o risco de contaminação”, afirmou João Gabbardo, coordenador-executivo do Comitê Científico do Estado de São Paulo.

A fala ocorreu durante anúncios relativos ao que está sendo feito pelo estado no combate à pandemia. Uma das medidas anunciadas foi a “Semana E”, que será realizada entre o próximo sábado (19) até o dia 25 deste mês para tentar concluir a vacinação das crianças de 5 anos a 11 anos.

Gabbardo disse ainda que a população precisa escolher o que quer, já que, dependendo do impacto do feriado, medidas tais como o uso obrigatório de máscaras em todos os poderão ser analisadas. “Se quer acelerar o processo de melhorar, se quer ter os indicadores mias positivos”, afirmou.

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Nesta quarta-feira um total de 7 979 pessoas estão internadas no estado de São Paulo devido à Covid-19, sendo 3 182 em leitos de UTI, e 4 797 em leitos de enfermaria. “No dia 2 deste mês eram mais de 11 mil”, lembrou o médico Jean Gorinchteyn, secretário estadual de Saúde.

Ainda segundo os dados apresentados pelo governo estadual, a quantidade de casos caiu 23,2% na sexta semana epidemiológica –do dia 6 ao dia 12 de fevereiro–, enquanto a queda no número de casos foi menor, de 4%,