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Média diária de casos de síndrome gripal aumenta 63% na capital

Secretaria Municipal de Saúde anuncia testes rápidos em rede de pronto atendimento horas após reportagem de VEJA São Paulo

Por Clayton Freitas
15 dez 2021, 09h29
AMA Paraisópolis
AMA Paraisópolis está recebendo média de 600 atendimentos de síndrome gripal ao dia, diz líder comunitário (Cria Brasil/G10 Favelas/Divulgação)
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Na noite desta terça-feira (14), horas após reportagem de VEJA São Paulo revelar que uma médica da cúpula da SMS (Secretaria Municipal de Saúde) da capital afirmou que a cidade já vive um surto de gripe, a Prefeitura de São Paulo informou que passará a realizar testes rápidos para monitorar a evolução da doença.

Segundo a administração, na última semana houve um aumento significativo de pessoas com síndrome gripal em suas unidades. “Em novembro de 2021, a SMS registrou um total de 111.949 atendimentos de pessoas com sintomas gripais, sendo 56.220 suspeitos de Covid-19. Neste mês, na primeira quinzena, a SMS registra um total de 91.882 atendimentos com quadro respiratório, sendo 45.325 suspeitos de Covid-19”, informou a pasta.

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Pelos dados da própria prefeitura, é possível concluir que a média diária de 3.721 atendimentos de síndrome gripal registrados nos 30 dias do mês de novembro é 63% superior a média diária dos 15 deste mês, de 6.125 atendimentos/dia.

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O anúncio de que a cidade de São Paulo já tem surto de síndrome gripal foi feito pela médica Marilande Marcolin, secretária-executiva de atenção hospitalar da pasta, durante reunião com sindicalistas da área de saúde na tarde desta terça-feira.

“O Omicrôn já está entre nós e há um surto de de Influenza na cidade”, disse.

Apesar de a prefeitura informar que apenas na última semana houve evolução do número de casos de síndrome gripal, o assunto já era de conhecimento de conselheiros municipais de saúde desde o dia 6 deste mês.

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Imagens divulgadas pelo Movimento de Saúde da Zona Leste na noite desta terça-feira mostra que algumas pessoas demoram até três horas só passar pela triagem no Pronto Atendimento Glória Rodrigues dos Santos Bonfim, em Cidade Tiradentes (zona leste).

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a rede municipal de saúde inicia nesta semana a realização de testes rápidos em suas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs), Prontos Atendimentos (PAs) e prontos-socorros, no setor de triagem, para identificar os casos positivos de Covid-19.

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“Será realizada a testagem pelo método antígeno em pacientes com sintomas gripais. A medida contribui para identificar os casos com maior rapidez e manter o monitoramento do paciente na cidade de São Paulo”, informou a prefeitura.

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Segundo a administração municipal, a vigilância para detectar doenças virais na cidade de São Paulo é feita por meio de coletas de amostras de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e ainda de síndrome gripal em pacientes internados em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), além de AMAS, hospitais infantis e gerais, tanto da rede pública quanto privada.

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“Essas amostras são encaminhadas ao Laboratório de Saúde Pública do Instituto Adolfo Lutz, que identifica se de fato trata-se de influenza e também qual o tipo de vírus”, informa.

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Cepa

A Secretaria Municipal de Saúde informou ainda que a identificação dos tipos de cepas virais circulantes permite avaliar o comportamento do vírus da gripe na cidade. Essa identificação permite nortear ações de assistência, vacinação, campanhas de educação em saúde e demais intervenções pertinentes.

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Neste ano de 2021, foram notificados 119.873 casos de síndrome respiratória aguda grave na capital, sendo que apenas 205 (0,2%) testaram positivo para o vírus Influenza. Em 2020, dos 120.850 casos que necessitaram de hospitalização, 242 foram como Influenza.

“O órgão orienta que os indivíduos sigam com medidas de etiqueta respiratória, tais como, distanciamento entre as outras pessoas (pelo menos um metro), cobrir a boca e nariz quando tossir ou espirrar e lavar as mãos imediatamente após contato com secreções respiratórias”, informa trecho da nota.

Por fim, a pasta lembra que a Influenza sazonal pode levar a complicações graves em grupos vulneráveis, podendo até provocar mortes.

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