Índice de positividade de testes de varíola do macaco explode e vai a 47%
Na primeira semana de julho, índice era de apenas 18%, segundo dados do Grupo Fleury; estado de São Paulo acumula 76% dos casos do país
A positividade de testes para detectar a doença da varíola dos macacos (Monkeypox virus) chegou a 47% de 17 de julho a 23 de julho, segundo dados do Grupo Fleury. Os números indicam uma evolução nas últimas semanas. Na média do mês até agora, atingiu 38%.
+Tribunal dá 10 dias para Hospital da USP explicar cancelamento de concurso
Um dos maiores grupos de medicina diagnóstica do país, com mais de 280 unidades em vários estados, o Fleury passou a empregar a técnica PCR para diagnóstico da doença. O exame, considerado o padrão ouro, consiste na raspagem das lesões e análise de material genético do vírus e está sendo feito em nove estados e no DF.
Segundo a médica Carolina Lázari, infectologista do Grupo Fleury, a alta já era esperada, sobretudo pelo fato da transmissão comunitária já ter se instalado. Um dado que chama a atenção é que todos os casos positivos foram detectados em homens. “Isso é compatível com o que que está acontecendo na Europa e no Brasil também”, afirma.
Pelos dados da rede de diagnósticos, a positividade vem aumentando rapidamente. Na primeira semana, de 1º a 9 de julho, 18% dos testes deram positivo, porcentual que dobrou na semana seguinte, de 10 de julho a 16 de julho, chegando a 36%.
+Nunes promete início da revisão semafórica da cidade para setembro
Todos os exames do Fleury são enviados para o Instituto Adolfo Lutz, um dos quatro laboratórios de referência nacional. Depois que o instituto recebe a amostra, ela é novamente verificada para então ser comunicada ao Ministério da Saúde.
Dados do Ministério da Saúde indicam que no país são 978 casos confirmados. Destes, 76% são do estado de São Paulo, que concentra 744 registros.