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Estudo brasileiro aponta que hidroxicloroquina não tem efeito

Grupo com Einstein, Sírio-Libanês e Beneficência Portuguesa analisou pacientes com quadros leves e moderados da doença

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
23 jul 2020, 18h46

Um estudo com 667 pacientes hospitalizados com a Covid19 analisou a eficácia da hidroxicloroquina em casos leves e moderados da doença. O resultado da pesquisa brasileira foi publicado nesta quinta-feira (23) no periódico científico New England Journal of Medicine. De acordo com os cientistas, os infectados estudados receberam tanto somente a hidroxicloroquina como também o medicamente associado com a azitromicina. O resultado foi que os medicamentos não tiveram efeito no desenvolvimento do quadro dos pacientes.

A pesquisa foi conduzida pelo grupo Coalizão Covid-19 Brasil, que conta com o Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital do Coração (HCor), Hospital SírioLibanês, Hospital Moinhos de Vento, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Beneficência Portuguesa de São Paulo, o Brazilian Clinical Research Institute (BCRI) e Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet).

O estudo foi aprovado pela Anvisa e a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa e os medicamentos foram fornecidos pela farmacêutica EMS. Os pesquisadores acompanharam pacientes entre 29 de março e 2 de junho em 55 hospitais brasileiros. Por sorteio eles puderam receber: hidroxicloroquina com azitromicina (217 pessoas); hidroxicloroquina (221); ou apenas o tratamento clínico padrão (227).

“A hidroxicloroquina foi usada durante sete dias na dose de 400 miligramas a cada 12 horas e a azitromicina 500 miligramas a cada 24h por sete dias”, diz texto divulgado pela Coalizão.

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O status clínico dos 667 pacientes, de acordo com o grupo, foi similar entre os que receberam somente a hidroxicloroquina, a hidroxicloroquina com a azitromicina ou o tratamento padrão. “A utilização de HCQ ou azitromicina não promoveu melhoria na evolução clínica dos pacientes”. A taxa de óbitos nos três grupos de estudo foi a mesma: aproximadamente 3%.

Nos pacientes foram observados efeitos colaterais “mais frequentes nos grupos que utilizaram hidroxicloroquina, com ou sem azitromicina, comparada ao grupo que recebeu apenas suporte padrão”, como alterações em exames de eletrocardiograma e alterações no sangue que “podem representar lesão hepática”.

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