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Na capital, Covid se espalha de forma igual por regiões, classes sociais e raças

Edson Aparecido, secretário municipal da Saúde, afirmou que há uma "disseminação generalizada" da doença na cidade

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 20h44 - Publicado em 12 fev 2021, 15h07
Enfermeira aplica teste de PCR para a Covid-19
Entidade alerta que alta demanda pode levar a falta de testes (Rovena Rosa/ Agência Brasil/Divulgação)
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A prefeitura de São Paulo divulgou uma pesquisa nesta sexta-feira (12) que aponta para uma infecção generalizada da Covid-19 na cidade. De acordo com documento, a diferença da prevalência do vírus em variáveis como região, raça, classe socioeconômica e escolaridade é cada vez menor. 

“Houve uma diminuição das diferenças entre as prevalências de infecção, considerando-se as regiões do município e as variáveis sócio-demográficas de renda, escolaridade, raça e cor, onde é possível afirmar que há uma disseminação generalizada da doença em toda a cidade”, afirmou o secretário municipal da Saúde Edson Aparecido, em coletiva de imprensa. 

Pelo critério das classes sociais, 14,8% dos infectados pertencem à A e B, 12,4% são da classe C e 15,3% das classes D e E. Já na variável racial, a prevalência da Covid-19 é de 14,5% entre pretos e pardos e 13,6% entre os brancos. 

Em relação a escolaridade, cidadãos com nível superior de escolaridade apresentaram menor prevalência do vírus, com 9,9%. 14,6% dos contaminados pertencem a parcela que concluiu o ensino médio e 16,2% são do grupo que estudaram até o ensino fundamental. As pessoas sem nenhum nível de escolaridade somam 15,3% dos infectados.

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Segundo uma pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência, Grupo Fleury, Instituto Semeia e Todos Pela Saúde em agosto de 2020, a diferença de prevalência entre esses grupos era maior há meses atrás. 

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Os dados apontavam uma contaminação maior do vírus em pessoas com renda baixa, em que o número de infectados chega a 22%. Já para a classe média, o índice é de 18,4% e para paulistanos com renda alta (acima de 5 540 reais), a porcentagem foi de 9,4%. 

Também era notável um número maior de infectados em pessoas com grau de escolaridade baixa. Entre os que têm ensino superior, o índice de contágio foi de 12% e em quem não chegou a cursar o ensino fundamental, o número chegou a 22,5%. Entre pretos e pardos, o valor de contaminação foi de 20,8% contra 15,4% nos brancos.

“A faixa de IDH alto tem prevalência de 6,3%, a faixa de IDH médio tem a prevalência de 16,4%, no chamado Centro expandido da cidade, e a faixa de IDH baixo, tem 16,2%. A prevalência por faixa de IDH se mantém significativamente menor na faixa de IDH alto, e houve aproximação de prevalência dos IDHs médio e baixo da cidade. Então, o chamado Centro expandido, com a periferia mais distante, já não há, praticamente, diferença da ocorrência da doença na cidade.”, disse o secretário municipal da Saúde. 

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A pesquisa divulgada nesta sexta-feira (12) faz parte da segunda fase do inquérito sorológico realizado com adultos no município de São Paulo. A primeira fase, feita em janeiro deste ano, apresentou 14,1% de prevalência do vírus na cidade. 

Segundo o levantamento, 19,2% das pessoas se infectaram saindo de casa para atividades não essenciais, 13,6% contraíram a Covid-19 indo ao trabalho e 11,4% afirmaram ter ficado doente sem sair de casa durante o isolamento social. 

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