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Corujão atenderá 16% da fila de exames no primeiro mês

Programa foi lançado nesta terça-feira (10); o custo total é de 17 milhões de reais

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 11 jan 2017, 08h59 - Publicado em 11 jan 2017, 08h27
Jardim Vertical - Hospital Sírio-Libanês
Hospital Sírio-Libanês: um dos participantes do Corujão (Julio Vilela/Divulgação/)
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Lançado oficialmente nesta terça-feira (10), o programa Corujão da Saúde, proposta da gestão João Doria para zerar a fila de espera por exames na capital, realizará em seu primeiro mês 80 000 exames, o equivalente a 16% da lista de 485 000 pacientes que aguardam esse tipo de atendimento hoje. A promessa de Doria é acabar com a fila em três meses. O custo total do projeto será de 17 milhões de reais.

Segundo o secretário municipal da Saúde, Wilson Pollara, estão garantidos para os três primeiros meses de programa 240 000 exames. “Serão 80 000 por mês, incluindo hospitais privados, filantrópicos e ampliação da rede própria”, disse. A outra metade da lista não foi agendada porque está em uma de duas situações: ou faz parte da fila há mais de seis meses e terá de passar por reavaliação médica, ou aguarda há menos de 30 dias e entrará no fluxo comum de marcação. Os que passarão por reavaliação médica já estão tendo as consultas agendadas, segundo a Secretaria Municipal da Saúde, e serão encaminhados para exames no mesmo prazo caso haja necessidade do procedimento.

Nesta terça-feira, três hospitais privados conveniados à Prefeitura começaram a realizar os exames por meio do programa: HCor, que fará 300 exames de tomografia computadorizada; Hospital Alemão Oswaldo Cruz, que ofertará 7 530 procedimentos, entre tomografias, ressonâncias magnéticas e ultrassonografias; e Hospital Sírio-Libanês, que fará 6 720 procedimentos. O Hospital Albert Einstein ofertará 90 ressonâncias e 270 tomografias a partir da semana que vem.

Segundo a administração municipal, aderiram ao programa ainda os Hospitais Santa Marcelina, Edmundo Vasconcelos, Cepaco e Santa Casa de Santo Amaro, e outros oito já estão em fase de adesão. Também participarão do Corujão quatro redes de laboratórios da capital, entre elas o Lavoisier.

 

Madrugada

Apesar de ser batizado de Corujão da Saúde, nem todos os exames serão realizados à noite ou de madrugada. No Einstein, por exemplo, os procedimentos serão das 8 às 18 horas. No HCor, os exames começarão às 16 horas. No Sírio, os procedimentos serão marcados para no máximo 21h30. No Oswaldo Cruz, os procedimentos serão 24 horas.

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Para facilitar o deslocamento da população, a gestão Doria informou nesta terça-feira que estuda linhas noturnas de ônibus direcionadas especificamente para os hospitais do programa. Doria ainda afirmou que a prioridade de agendamento será para fora da madrugada.

 

Outra novidade anunciada é sobre o encaminhamento posterior dos beneficiados pelo Corujão. Segundo o governo, será feito um convênio com a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo para as consultas de retorno necessárias a partir de abril. A Santa Casa também fará as consultas de reavaliação daqueles que aguardam na fila há mais de seis meses.

 

Primeiro dia

Embora prefeito e secretário tenham dito que a prioridade nos agendamentos nos hospitais privados seja de quem está na fila de espera entre 1 mês e 6 meses, o primeiro dia do Corujão tinha pacientes de diferentes perfis. A auxiliar de limpeza Maria das Graças Queiroz da Silva, de 48 anos, por exemplo, passou no médico na AMA da Lapa na sexta-feira com dor de cabeça e recebeu um pedido para tomografia.

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Já na segunda-feira foi chamada para o HCor. “Fui premiada porque foi muito rápido. Só que estou esperando um ultrassom de tireoide há quatro meses e para esse não fui chamada.”

Já o porteiro Adeildo Gomes, de 49 anos, esperava desde agosto por uma tomografia e também foi incluído no primeiro grupo de pacientes atendidos pelo Corujão da Saúde. “Tive de remarcar o retorno com o médico porque eu não tinha feito o exame ainda. Agora vou conseguir”, diz ele, morador do Jardim Peri Peri, na Zona Oeste.

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