CoronaVac: Butantan afirma que pode exportar vacina caso governo federal não compre mais doses

Ministério da Saúde e instituição fecharam contrato de 46 milhões de frascos; aquisição de mais 54 milhões depende de solicitação formal

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 jan 2021, 20h58 - Publicado em 27 jan 2021, 20h56
A imagem apresenta uma caixa, com a tampa aberta, contando com doses da CoronaVac
CoronaVac: vacina utiliza vírus da doença inativado (Secretaria Municipal de Saúde/Divulgação)
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Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, falou durante coletiva de imprensa falou nesta quarta-feira (27) sobre a CoronaVac. De acordo com o médico, o Ministério da Saúde ainda não realizou uma solicitação formal para mais 54 milhões de doses da vacina, previsto no contrato do governo federal com a entidade paulista.

O diretor do Butantan afirmou que, caso o pedido não seja feito em breve, pode priorizar o lote para exportação: o Instituto tem acordos com diversos países da América Latina para o fornecimento de doses do imunizante. De acordo com Covas, a Argentina deve ser um dos primeiros países com que a entidade deve fechar um contrato para exportação.

No contrato firmado com o Ministério está previsto que o governo federal pode formalmente solicitar as doses em até 30 dias após a entrega de todas as doses do primeiro lote. Em nota para a imprensa, a pasta de Jair Bolsonaro afirmou que vai se manifestar dentro do prazo oficial do contrato.

O Butantan entregou, até o momento, 10,1 milhões de doses do imunizante, sendo que 6 milhões vieram prontas do laboratório Sinovac, na China, e 4,1 milhões foram envasadas no Brasil. A entidade deve entregar, no total, 46 milhões de doses para o Ministério da Saúde, o total do primeiro lote.

Para que mais doses fiquem prontas, o estado aguarda a chegada da matéria-prima da China, o que deve ocorrer até 3 de fevereiro. “Com a chegada da matéria-prima, vai acontecer muito rapidamente. Mas precisamos agora da definição das 54 milhões de doses adicionais”, disse Covas.

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“Todos os países aos quais o Butantan tem a obrigação de fornecimento de vacinas, que são da América Latina, estão cobrando os cronogramas. Se houver resposta positiva do Ministério, de mais 54 milhões [além das 46 já previstas], vamos fazer um planejamento para ter as 54 milhões, mais as 40 milhões para países vizinhos. Não havendo manifestação, vamos dirigir a produção para atender os países”, afirmou o médico.

De acordo com o Butantan, caso o governo federal compre mais doses, a instituição tem capacidade de produzir vacina tanto para o Brasil quanto para o exterior. “O Butantan informa ainda que tem capacidade para produzir 40 milhões de doses extras para atender a demanda de outros países da América Latina”.

 

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