A melhor coleção da metrópole
Quadros, esculturas, grafites e outros trabalhos emblemáticos que podem ser apreciados por aqui
Em 1977, o Sesc incumbiu a arquiteta Lina Bo Bardi da árdua tarefa de redesenhar uma antiga fábrica de tambores sem desfigurar suas características originais. Quase dez anos de reformas foram necessários para que a ítalo- brasileira entregasse à cidade uma de suas mais belas construções: com cores vibrantes, tijolos e concreto aparentes, o complexo tornou-se um dos exemplos mais bem sucedidosde espaço público de lazer. Sesc Pompeia. Rua Clélia, 93, Pompeia.
Rosa e Azul
Uma das mais célebres peças do acervo do Masp, a tela tem autoria do francês Pierre-Auguste Renoir. Datada de 1881, retrata as irmãs Alice e Elisabeth, aos 5 e 6 anos de idade, respectivamente. Trajadas graciosamente, com o mesmo vestido e lacinho na cabeça, elas diferenciam-se pela cor dos tecidos, um azul e o outro rosa, tonalidades frequentemente presentes nas obras do pintor impressionista. Masp. Avenida Paulista, 1578, ☎ 3251-5644
Sepultamento
Mesmo aqueles que não gostam de cemitérios precisam admitir: há séculos eles são um templo para obras de arte. O da Consolação reúne 400 monumentos, entre eles a premiada escultura de Victor Brecheret. Feita de mármore, a peça adorna o jazigo de Olívia Guedes Penteado, incentivadora do grupo dos modernistas, falecida em 1934. As formas sóbrias e lineares do artista abordam a temática da morte com serenidade. Rua da Consolação, 1660, Consolação.
Localizado entre as vielas do bairro boêmio da Vila Madalena, é parada obrigatória para os amantes das artes de rua. Sua história começou na década de 80, quando o homem-morcego foi pintado em um dos becos da região. A ideia atraiu artistas urbanos de todos os pontos da cidade, que hoje disputam espaço em uma das suas paredes: a fila de espera pode durar meses. A cada visita, um novo grafite ainda mais criativo e colorido pode ser encontrado no local. Ruas Gonçalo Afonso e Medeirosde Albuquerque, Vila Madalena
Na década de 50, Oscar Niemeyer desenhou um prédio em formato de “S” e imponente (com 115 metros de altura). Os cerca de 5 000 residentes deste edifício cartão-postal dividem-se em 1 160 apartamentos das mais variadas dimensões. Avenida Ipiranga, 200, centro.
Tomie Ohtake no Auditório Ibirapuera
A combinação entre o projeto do Auditório Ibirapuera (assinado pelo arquiteto Oscar Niemeyer) e a escultura em forma de onda avermelhada no hall interno do prédio (com autoria de Tomie Ohtake) faz do local um espetáculo para os olhos. Instalada em 2004, a peça que deu vida ao interior da arquitetura do teatro foi uma solução tridimensional para o que poderia ser uma simples tela ou mural. Não à toa, o painel de 20 metros de extensão era a obra pública preferida da aclamada artista japonesa naturalizada brasileira. Auditório Ibirapuera, Parque do Ibirapuera, portão 3, ☎ 3629-1075.
Aranha
Esta escultura de 200 quilos é marca registrada da artista franco-americana Louise Bourgeois, que passou mais de sessenta anos criando obras inspiradas no aracnídeo. Desde 1997, quando foi inaugurada, a obra, adquirida por 450 000 dólares, serve de ponto de encontro embaixo da marquise do Ibirapuera. MAM. Parque do Ibirapuera, portão 3, ☎ 3063-2149.
Série Trágica
Flávio de Carvalho realizou um dos seus mais célebres trabalhos no leito de morte de sua mãe, em 1947. Composta de nove desenhos, a série retrata os últimos respiros de dona Ophelia Crissiuma de Carvalho, e, assim como a vida que desaparece, os traços dos desenhos se tornam cada vez mais invisíveis. MAC. Avenida Pedro Álvares Cabral,1301, Vila Mariana, ☎ 2648-0254.
Caipira Picando Fumo
No lugar de seguir os elementos da pintura clássica europeia, como ocorria durante o século XIX, Almeida Júnior inspirou-se na realidade brasileira. Assim, retratou a cultura caipira e regionalista utilizando jogode cores e de luz e sombra, o que torna este um dos quadros mais impressionantes da coleção do museu. Pinacoteca do Estado. Praça da Luz, 2, centro
Paraler
Um mosaico com 2 milhões de placas de porcelanato criado pela artista Regina Silveira preenche a calçada em frente à Biblioteca Mário de Andrade com a palavra biblioteca escrita em várias línguas. Rua da Consolação, 94, centro.
Primeira obra de arquitetura moderna implantada no Brasil, a construção foi projetada em 1927, pelo arquiteto russo Gregori Warchavchik, para ser sua própria residência. A casa foi reaberta em 2008 para visitação. Rua Santa Cruz, 325, Vila Mariana, ☎ 5083-3232.
Rencontre du Temps
O tema dos trabalhos de Nathalie Decoster é, frequentemente, o homem. Na área externado MuBE, duas figuras abordam a temática da ação e circulação das pessoasno mundo. MuBE. Avenida Europa,218, Jardim Europa, ☎ 2594-2601.
Mosteiro de São Bento
A atual construção, projetada pelo arquiteto alemão Richard Berndl, já é a quarta versão do prédio da congregação, que teve sua pedra fundamental lançada em 1598. Largo de São Bento, s/nº, centro,☎ 3328-8799.
Mira Schendel
Os trabalhos em óleo sobre papel arroz marcam a produção da artista plástica suíça radicada no Brasil e são o ponto alto da coleção do museu. MAM. Parque do Ibirapuera, portão 3, ☎ 5085-1300.
Edifício 360°
Um dos prédios residenciais mais cobiçados da cidade, foi construído em 2013 pelo arquiteto Isay Weinfeld, com uma bela vista panorâmica e um espelho d’água de borda infinita. Rua Camburiú, 651, Lapa.
Sergio Camargo
A série Corte/madeira I contém parte das centenas de esculturas de cilindros brancos que fizeram de Sergio Camargo um dos maiores artistas ligados ao construtivismo. IAC. Rua Doutor Álvaro Alvim, 90,☎ 3255-2009.
Mural d’OSGEMEOS
As intervenções artísticas da dupla de irmãos grafteiros Gustavo e Otávio Pandolfo podem ser encontradas nos quatro cantos do mundo, mas foram as ruas do bairro do Cambuci que se tornaram a inspiração deles. OS GEMEOS deixaram sua marca por lá com um projeto realizado em 2008, para a revitalização da região. O mural traz os emblemáticos personagens amarelados que habitam mundos imaginários. Nesta narrativa, um estrangeiro parece chegar a uma terra desconhecida, onde já vive uma nativa. Rua Cezário Ramalho, s/nº, Cambuci.
Retirantes
Os personagens sofridos e a natureza desértica do quadro de Candido Portinari denunciam os problemas sociais encontrados por migrantes na primeira década do século XX. A obra faz parte da série de mesmo nome criada afm de colocar sob os holofotes a realidade encoberta na época: desnutrição, seca e alto índice de mortalidade no Nordeste do país. Masp. Avenida Paulista, 1578, ☎ 3251-5644.
Klaxon
A primeira revista modernista fez barulho quando foi lançada, após a Semana de 1922, por nomes como Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Anita Malfatti. As nove edições reuniam os ideais da vanguarda artística do país. Biblioteca Brasiliana. Rua da Biblioteca, s/nº,Cidade Universitária, ☎ 2648-0317.
Projetado por Oscar Niemeyer, o pavilhão é uma referência mundial pela escala monumental dos salões e pelos mezanino sem forma de serpente. Parque do Ibirapuera, portão 3,☎ 5576-7600.
A premiada construção é um deleite para os olhos e os ouvidos: recebe maravilhosos concertos musicais. Av. São João, 281, Sé, ☎ 4571-0401
Pincelada Tridimensional
A obra de Marcello Nitsche faz do Jardim das Esculturas, vizinho à Pinacoteca, uma tela a céu aberto. Parque da Luz, Bom Retiro.
Quadrinhos
Com 33 metros de altura, o estêncil de Daniel Melim dá um tom lúdico à região da Luz, e remete às histórias em quadrinhos ao estilo de Roy Lichtenstein. Avenida Prestes Maia, 931, centro.
Caleidoscópio
Mesmo embaixo da terra e na correria do dia a dia, os paulistanos têm a oportunidade de interagir com belas obras de arte. Na Estação Brás do metrô, da Linha 3 — Vermelha, por exemplo, Amelia Toledo instalou 25 placas de inox, algumas foscas, outras espelhadas ou coloridas, em diferentes tons de azul. Sua disposição forma um labirinto e cria o efeito da brincadeira cromática sugerida pelo título da peça. Estação Brás do metrô, Linha 3 — Vermelha.
Domitila de Castro Canto e Melo, amante de dom Pedro I e também conhecida pelo título de marquesa de Santos, manteve este casarão entre suas propriedades de 1834 a 1867. Remanescente das residências urbanas do século XVIII, o local foi tombado em 1971 e conserva parede de taipa de pilão e pau a pique. Objetos pessoais, como cartas de amor trocadas com o imperador, fazem do museu uma ótima visita para os apreciadores de história. Rua Roberto Simonsen, 136 , Sé, ☎ 3241-1081.
Vitrais da Faap
Baseados em obras de artistas brasileiros consagrados, como Bruno Giorgi, Lasar Segalle Tarsila do Amaral, os painéis que formam o vitral e a claraboia do hall do prédio da universidade têm autoria de Conrado Sorgenicht. A técnica utilizada por ele é a mesma adotada desde a Idade Média: cada faixa de cor é recortada de um vidro colorido e colocada em um suporte de chumbo. MAB-FAAP. Rua Alagoas, 903, Higienópolis,☎ 3662-7198.
Circulam mais de 3 000 pessoas por dia pelo prédio em forma de pirâmide localizado no meio da Avenida Paulista. Assinado pelo escritório Rino Levi Arquitetos Associados e pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha, o edifício da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo também abriga o Centro Cultural Fiesp. No acesso pela Alameda Santos, há um mosaico de mais de 500 metros de Roberto Burle Marx. Avenida Paulista, 1313, ☎ 3549-4499.
Localizado em Higienópolis, o endereço foi concebido para que seus jardins se confundissem com a Praça Vilaboim. Sem grades, o prédio é integrado à cidade e traduz o principal objetivo do seu arquiteto, Vilanova Artigas: a criação de espaços de convivência. Ele também nunca deixou de pensar na estética dos seus projetos e fez deste um dos prédios residenciais mais bonitos da capital. Praça Vilaboim, 144, Higienópolis.
Dom João VI
Jean-Baptiste Debret e Charles Simon Pradier são os autores da gravura de cobre produzida no século XIX. Fundação Maria Luisa e Oscar Americano. Avenida Morumbi, 4077, Morumbi, ☎ 2144-7150.
Amilcar de Castro
As dobraduras de ferro deste artista mineiro são verdadeiras pérolas espalhadas por São Paulo. Na Praça da Sé, a escultura de 3,5 metros de altura sugere uma nova leitura do espaço ocupado pela arte. Praça da Sé, centro.