Sabesp planeja chegar a abril com 50% do volume útil do Cantareira
Companhia acredita que, se a chuva de dezembro a fevereiro ficar dentro da média histórica, o ano de 2015 será tranquilo
A chuva voltou a cair no estado de São Paulo nos últimos dias e, com isso, cresceu a expectativa pela recuperação do Sistema Cantareira, o que evitaria uma catástrofe hídrica na capital já nas próximas semanas.
+ Chuva faz nível do Cantareira ficar estável
O ritmo dessa retomada, no entanto, ainda é lento. O temporal que desabou na segunda (3) só ajudou a manter o nível da represa estável, em 11,9%, o mesmo do dia anterior. O volume do reservatório diminuía diariamente desde 27 de setembro.
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) trabalha com uma perspectiva bem mais otimista: chegar a abril de 2015 com 50% da capacidade da represa. Segundo as previsões da empresa, isso será possível caso as precipitações entre dezembro e fevereiro se mantenham dentro da média histórica para o período.
“Um bom efeito de comparação: em abril passado, o Cantareira estava com 10% de seu volume útil. Se repetirmos esse índice, atravessaremos o próximo ano na mesma situação de 2014, com a vantagem de que o sistema está mais preparado, com obras novas, e a população atenta para a economia”, diz o superintendente da empresa, Marco Antonio Lopez Barros. “Se chover o normal, teremos 50% e gordura de sobra.”
+ Casas sem água na torneira são alagadas por chuva
A crise hídrica se agravou em outubro. Somente 10,7 bilhões de litros entraram nos reservatórios no mês passado, enquanto a média para o período é de 72,5 bilhões. Em contrapartida, 60,5 bilhões de litros deixaram as represas, reduzindo a capacidade do sistema em 5%.
+ A água da sua casa está com gosto estranho? Saiba o motivo
Em anos “normais”, os meses de dezembro, janeiro e fevereiro são responsáveis por mais de 60% da água acumulada anualmente no sistema. O nível mais crítico do Cantareira foi registrado no dia 23 de outubro, com 3%. No dia seguinte, o governo passou a usar a segunda cota do chamado volume morto.