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“Governador e prefeito podem acabar com essa violência”, diz MPL

Integrantes do Movimento Passe Livre realizaram coletiva de imprensa na manhã desta segunda (17)

Por Redação VEJASAOPAULO.COM
Atualizado em 5 dez 2016, 15h53 - Publicado em 17 jun 2013, 12h37
Coletiva de imprensa do Movimento Passe Livre
Coletiva de imprensa do Movimento Passe Livre (Bruna Ribeiro/)
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Representantes do Movimento Passe Livre (MPL) realizaram uma coletiva de imprensa na manhã desta segunda (17) para prestar esclarecimentos sobre os protestos contra o aumento da tarifa do transporte público — ações que tomam as ruas da cidade desde a semana retrasada. O encontro precede a reunião que deve ocorrer entre o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella, e os manifestantes, também hoje pela manhã, em que o grupo deve levantar a questão da violência nos confrontos com a Polícia Militar.

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“Gostaríamos de esclarecer que os atos do MPL não são ações essencialmente de rua. Nestas últimas manifestações também foram incorporadas outras entidades e a populacão em geral, criando-se uma revolta popular”, explica Caio Martins, militante. Segundo ele, o movimento não pretende revelar o trajeto do protesto marcado para hoje, às 17h, na região do Largo da Batata, em Pinheiros. “Só podemos decidir isso na hora, dependendo do numero de pessoas.”

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Para os representantes do MPL, os atos de vandalismo são uma consequência da agressão policial. “O movimento é pacífico e nós não estimulamos nem realizamos nenhum ato considerado vandalismo”, justifica Rafael Siqueira. “Para os feridos, estamos coletando informações e, inclusive, fazendo boletins de ocorrência”.

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“A polícia prendeu 23 manifestantes por formação de quadrilha e o nosso departamento jurídico vai trabalhar por essas pessoas. Isso constitui um ato grave, principalmente pela repressão aos movimentos sociais”, completa Monique Felix, também do MPL.

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Antes de iniciar as manifestações, o grupo afirma ter solicitado reuniões com o poder público. Mas, segundo eles, a prefeitura não respondeu e o governo do estado se negou a dialogar. “O governador e o prefeito têm o poder de acabar com essa violência toda baixando a tarifa. Vamos nos reunir com a Secretaria de Segurança Pública para negociar isso, para que acabe a violência da polícia”, diz Caio Martins.

O movimento espera grande adesão na manifestação desta segunda (17) porque há o apoio de outros setores, como metalúrgicos, professores e metroviários. “O Movimento dos Sem Teto tambem emitiu uma nota dizendo que se a tarifa não baixar, a periferia vai parar”, avisa Martins.

“O sistema de transporte de São Paulo está claramente esgotado. A populacao está dizendo ‘chega’ e nós não aceitamos mais essa maneira de organizar o transporte”, conclui Rafael Siqueira. O MPL surgiu em 2005 e defende tarifa zero nos meios de transporte público.

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