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“Sei que sou namoradeiro”, diz Marco Polo Del Nero

Na entrevista a seguir, cartola fala sobre carreira, estilo de vida e planos para a gestão do futebol nacional

Por João Batista Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 12h40 - Publicado em 21 mar 2015, 00h00

O senhor assume a CBF depois do vexame dos 7 a 1 na Copa e de problemas como a baixa média de público dos campeonatos e as dívidas quase impagáveis de alguns clubes. Qual é sua receita para reverter a situação?

Vamos fortalecer o futebol como um todo. É preciso uma renegociação da dívida para que os clubes sobrevivam e é necessário que seus diretores não gastem mais do que arrecadam. Na questão da qualidade e apoio ao desenvolvimento do futebol, a CBF agora investe nos times das séries B e C. Pagamos passagem aérea e hospedagem para que os clubes possam ir aos jogos. Antes, eles não tinham dinheiro para entrar num campeonato. Na seleção feminina, atualmente as atletas têm salário fixo de 9 000 reais por mês, algo inédito na história do futebol nacional.

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Seus detratores afirmam que o senhor deu viagens aos presidentes das federações estaduais para conseguir votos na eleição da CBF. Isso é verdade?

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Esses convites já existiam, mas talvez tenham aumentado um pouco. Mas, para um presidente de federação, é importante viajar, conhecer o mercado e a própria seleção brasileira. Quanto maior o número de pessoas convivendo, melhor. Nossa seleção é organizada. Às vezes, perde em campo, mas é organizada. Em Paris, onde o Brasil terá um amistoso com a França na próxima quinta (26), convidamos o Castellar (Modesto Guimarães Neto, presidente da Federação Mineira de Futebol). Fazemos um rodízio para que todos os presidentes possam ter a mesma experiência.

Na Olimpíada de Londres, em 2012, não foi assim: todos os presidentes de federação foram.

Em Londres, a situação foi outra. As federações, de fato, foram convidadas, mas não tinha isso que falam de muitos dos presidentes que levaram as babás de seus filhos. Quem levou a funcionária pagou sua passagem do próprio bolso. Agora, os clubes fazem a mesma coisa e chamam pessoas para as suas viagens. Eu próprio já fui convidado por times como Corinthians, São Paulo e Santos para jogos fora do Brasil. Se não aceitei, foi porque também havia recebido o mesmo convite por parte da Fifa.

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Logo quando deixou a CBF, em março de 2012, Ricardo Teixeira passou a ganhar um salário estimado de 60 000 reais na condição de “consultor”. Ele ainda presta serviços à entidade?

Quando o Ricardo saiu da CBF, ele deu consultoria porque precisávamos entender determinadas coisas. Hoje, ele não tem nenhuma ligação com a associação.

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O senhor demitiu quase todas as pessoas ligadas a ele, incluindo o irmão Guilherme Teixeira…

Quando renunciou, o Ricardo não pediu para manter esse ou aquele. Falo com o ex-presidente uma vez a cada três meses. Ele nunca se queixou da saída do irmão.

Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians e atual deputado federal do PT, afirma que o senhor será “nocivo” para o futebol nacional. O que acha disso?

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O ser humano pode falar o que quiser, mas tudo é uma questão de credibilidade. Ele tentou disputar a CBF, mas não conseguiu, foi derrotado. Eu tive o apoio de 99% das federações.

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Sanchez também critica muito a demissão de Mano Menezes, em novembro de 2012, para dar lugar a Luiz Felipe Scolari na seleção da Copa.

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Olha, aqui na CBF o regime é presidencialista. Se o presidente, no caso o José Maria Marin, escolheu outro técnico, quem está abaixo dele precisa respeitar a decisão. Ou Sanchez deixava que outras pessoas tomassem decisões por ele no Corinthians?

Seu pai, José Del Nero, foi jogador de futebol. O senhor pensou em se profissionalizar?

Eu adoro futebol, mas na adolescência teria de me dedicar a isso. E eu preferia namorar. Mas de brincadeira eu sempre joguei futebol, na lateral esquerda.

O senhor sai muito no noticiário em consequência das namoradas jovens, curvilíneas e capas de revistas adultas. Isso o incomoda?

Acaba sendo chato sempre que falam de relacionamento e família. Sei que sou namoradeiro e as outras namoradas vão ficar bravas, mas a verdade é que o grande amor da minha vida foi minha primeira e única mulher, a Márcia. Ela me deu três filhos e foi a base da minha vida.

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