Imóvel abandonado vira possível criadouro do mosquito Aedes aegypti
Preocupados, moradores dos Jardins cobram das autoridades vistorias no local, abandonado há mais de uma década e repleto de poças d'água em seu terraço
Um imóvel localizado na esquina das ruas Estados Unidos e Bela Cintra, no Jardim América, tem causado stress para vizinhos e funcionários de estabelecimentos próximos ao local. Abandonado há mais de uma década, o prédio exibe vidros quebrados, lixo acumulado e um forte cheiro de urina e fezes. Em seu topo, grandes poças d’água formam piscinas que se transformaram em criadouros do mosquito Aedes aegypti, principal transmissor das doenças zika, chikungunya e dengue. Para alertar ainda mais as autoridades, uma faixa foi fixada na fachada do local.
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Há pelo menos oito meses, as 28 famílias que moram em um condomínio vizinho, o Mansão Jardim Europa, no número 2349 da Rua Bela Cintra, reclamam para as autoridades sobre a falta de vistoria do local, onde funcionava o Departamento de Comércio do Estados Unidos no Brasil e que, segundo à prefeitura, pertence a uma empresa carioca. “Fizemos diversas denúncias no Disk Dengue, na subprefeitura e nada”, afirma o morador José Del Chiaro.
A primeira reclamação se deu em março junto à prefeitura, que ficou de realizar a inspeção. Desde então, a subprefeitura de Pinheiros tenta localizar o dono do imóvel.
Procurada, a subprefeitura do bairro informou que “ainda nesta semana, realizará uma vistoria e notificará o proprietário a realizar a limpeza do local. A subprefeitura também já enviou ofício à pasta da Saúde para que realize vistoria no local e tome providências em relação aos focos de mosquito da dengue”.
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A reportagem de VEJA SÃO PAULO esteve no endereço e constatou a situação de abandono. Uma moradora do sexto andar do edifício Mansão Jardim Europa, que não quis se identificar, relata que realizou também diversos pedidos aos órgãos responsáveis. “Ninguém faz nada. É um absurdo. Aqui no apartamento, podemos fechar as janelas, ligar o ar condicionado e viver. Mas e quem trabalha na região?”.