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Haddad planeja regular Uber em até dez dias

O objetivo da prefeitura é criar regras para garantir que o serviço não concorra diretamente com o trabalho dos taxistas

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 5 dez 2016, 12h01 - Publicado em 25 set 2015, 16h08
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uber (Lucas Lima/)
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O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), anunciou na quinta-feira (24), em Paris que em até dez dias vai regulamentar o funcionamento de serviços de motoristas privados como o Uber, que provoca polêmica na capital. Falando a uma plateia de estudantes no Instituto de Estudos Políticos (SciencesPo), de Paris, o prefeito indicou que o funcionamento do Uber não será banido, mas vai operar com modificações impostas pelo Executivo municipal.

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O objetivo da Prefeitura é garantir que o serviço não concorra diretamente com o trabalho de mais de 30 000 taxistas em São Paulo, mas que a evolução tecnológica e a qualidade do serviço oferecida por empresas como o Uber não sejam abandonadas. No dia 9, a Câmara Municipal aprovou o projeto de lei 349/2014, de autoria do vereador Adilson Amadeu (PTB), que proíbe o uso de carros particulares cadastrados em aplicativos de transporte remunerados – exatamente o serviço prestado pela companhia americana. Mas o texto também abre brecha para a ação do Executivo, deixando a cargo da Prefeitura aprimorar a legislação.

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É essa brecha que Haddad quer usar para manter o serviço em funcionamento. “Estamos estudando os modelos no mundo e encontrando soluções muito inovadoras, que preservam o direito dos taxistas, mantêm a regulação do Estado, mas não se fecham à tecnologia, que é a qualidade do serviço”, afirmou. “Nós devemos anunciar isso sem ser na segunda-feira que vem, na outra.”

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Questionado sobre quais cidades servirão de exemplo para São Paulo, Haddad tentou desconversar, mas disse que Nova York encontrou uma boa solução negociada para o impasse entre motoristas privados, clientes e taxistas. “Uma parte do que Nova York está pensando em fazer é o que nós estamos imaginando”, reconheceu.

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Haddad afirmou que usará não só a lei aprovada na Câmara, mas todo o arsenal jurídico federal e municipal sobre mobilidade urbana, para arbitrar sobre o assunto. “Nós vamos usar toda a legislação que está disponível.”

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