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“É nojento”, afirma irmão de Suzane sobre a morte dos pais

Em entrevista para rádio, Andreas von Richthofen quebrou o silêncio após doze anos para defender a memória do pai

Por VEJA SÂO PAULO
Atualizado em 1 jun 2017, 17h01 - Publicado em 6 mar 2015, 14h49
andreas
andreas (Reprodução/Veja SP)
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O irmão de Suzane von Richthofen, Andreas, quebrou o silêncio após doze anos. Em carta entregue para o jornalista Sérgio Quintella da Rádio Estadão, ele disse que o crime cometido pela irmã “é nojento”. Aos 27 anos, ele decidiu falar para defender a memória do pai, Manfred, ex-funcionário da Dersa S/A.

Em entrevista para o jornalista, ele negou que o pai tenha desviado dinheiro da empresa, mantendo contas na Suíça tendo Suzane como beneficiária. A acusação foi feita pelo promotor Nadir de Campos Júnior, durante participação no programa SuperPop, da Rede TV, na última segunda-feira (2).

+ Suzane von Richthofen revela detalhes inéditos do assassinato dos pais

Para a emissora, Andreas não respondeu perguntas sobre a irmã, condenada a 39 anos de prisão pelo assassinato dos próprios pais, em 2002. Mas disse que fica ferido com a divulgações de notícias sobre o caso.

suzane von richthofen
suzane von richthofen ()
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Na carta divulgada após a entrevista, Andreas pediu esclarecimentos públicos sobre as acusações feitas por Júnior. “Se há contas no exterior, que o Sr. Apresente as provas, mostre quais são e aonde estão, pois eu também quero saber”, escreveu. E complementou: “mas que se isso não passar de boatos maliciosos e não existirem provas, que o Sr. Se retrate e se cale a esse respeito”.

+ Suzane Von Richthofen volta à cela das solteiras

Confira a íntegra da carta encaminhada por Andreas para o Estadão:

“Prezado Dr. Nadir de Campos Jr.

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É em nome do excelente trabalho do qual o Sr. participou, ao condenar a minha irmã Suzane Louise von Richthofen e aos irmãos Cristian e Daniel Cravinhos, e também de toda sua história na justiça brasileira que me sinto compelido a abordá-lo.

Escrevo-lhe esta mensagem por vias igualmente públicas às quais o Sr. se vale para comentar o caso da minha família. Entendo que sua raiva e indignação para com estes três assassinos seja imensa e muito da sociedade compartilha esse sentimento. E eu também. É nojento. Encare da perspectiva existencialista. No entanto observo que o Sr. faz diversos apontamentos referindo a um suposto esquema de corrupção, do qual meu pai, Manfred Albert von Richthofen, teria participado e cujos resultados seriam contas no exterior em enormes montantes. Gostaria que o Sr. esclarecesse essa situação: se há contas no exterior, que o Sr. apresente as provas, mostre quais são e aonde estão, pois eu também quero saber e entendo que sua posição e prestígio o capacitam plenamente para tal. Mas que se isso não passar de boatos maliciosos e não existirem provas, que o Sr. se retrate e se cale a esse respeito, para não permitir que a baixeza e crueldade deste crime manche erroneamente a reputação de pessoas que nem aqui mais estão para se defender, meus pais Manfred Albert e Marísia von Richthofen.

Respeitosamente

Andreas Albert von Richthofen”

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