Sede261

Resenha por Saulo Yassuda

São Paulo viu nascer, nos últimos anos, bares de vinhos de diferentes estilos. Só nesta edição de COMER & BEBER há quinze endereços de bons e ótimos wine bars à escolha. Mas poucos têm a gostosa informalidade aliada à afiada curadoria da Sede261, que leva pela segunda vez o título de melhor bar de vinhos. Montada em uma antiga garagem no miolo dos chamados predinhos da hípica, numa rua de paralelepípedos, recebe um público disposto a provar das indicações da brigada, todas servidas em dose ou em garrafa. Nos dias mais movimentados, a galera se espalha pela rua em cadeiras de praia ou em pé, com balde de gelo e tudo. No início da semana, quando o clima é mais sereno, não raro dá para ver as sommelières Cassia Campos e Daniela Bravin fazendo uma degustação para decidir o que entra e o que sai da seleção cíclica de rótulos. O fato é: raramente se toma algo bobinho ou simples demais, e é possível conciliar pedidas mais modernas com outras mais tradicionais. Quando presente, o português Pequenos Rebentos Ancestral Pét Nat 2021, um borbulhante de loureiro de Márcio Lopes WineMaker (R$ 32,00 a taça; R$ 230,00 a garrafa), costuma agradar. O branco Tinel-Blondelet Sancerre Blancs Palets 2022 é daqueles clássicos de sauvignon blanc do Vale do Loire (R$ 49,00 e R$ 345,00) que podem dar as caras. No estilo rosé mais tingido, o chileno Longaví Glup Rosado 2022 é elaborado com as uvas garnacha, mourvèdre e país (R$ 32,00 e R$ 220,00). Se não estiver a fim da tábua de queijos (R$ 49,00), aos fins de semana costumam rolar eventos com chefs visitantes.

Informações checadas entre julho e agosto de 2024.