Mission Chocolate

Resenha por Larissa Zapata e Saulo Yassuda

Uma varandinha antecede a pequena loja da americana Arcelia Gallardo, a ganhadora da categoria inédita chocolatière do ano. O espaço com prateleiras, nas quais predominam as barras de chocolate, e uma vitrine para bombons recebe pela segunda vez consecutiva o prêmio de melhor chocolate por VEJA SÃO PAULO COMER & BEBER. Os tabletes, refinados no acabamento, são confeccionados com cacau de três estados, Acre, Bahia e Pará, e fogem do lugar-comum. Um exemplo de criatividade é a versão coco e rosa (R$ 30,00), uma mistura de chocolate branco de leite de coco mais rosas e framboesa. O wild 65% (R$ 30,00) utiliza cacau selvagem da Floresta Amazônica brasileira. O resultado é mais complexo e diferente das pedidas elaboradas com matéria-prima de outras regiões. Outra possibilidade, o mais amargo e intenso 70% Vale Potumuju (R$ 30,00) é preparado com o fruto de uma fazenda de cultivo familiar na Mata Atlântica baiana. As invenções da confeiteira, que se atribui à missão de unir outros ingredientes brasileiros com o cacau nacional, se traduzem em sabores inusitados como o ao leite com lasquinhas de queijo da Serra da Canastra (R$ 30,00), feito com cacau baiano e açúcar orgânicos, leite em pó, manteiga de cacau e queijo artesanal. O gostinho salgado do laticínio misturado ao do chocolate surpreende e encanta. Com produção em menor escala, é possível saborear o bombom de frutas vermelhas (R$ 9,00) com um toque leve de amargor no final. Maravilhoso também é o cookie de chocolate (R$ 14,00), que derrete na boca e tem textura crocante por fora e macia por dentro.

Informações checadas entre julho e agosto de 2024.

• Brooklin