Maza

Resenha por Arnaldo Lorençato

Willian Seiji Enokizono, de apenas 27 anos, revelou-se, no ano passado, um craque na preparação de uma caprichada degustação (R$ 430,00 no balcão). O sushiman não cuida do balcão em tempo integral. No almoço, a titularidade da cozinha passa às mãos de Carlos Eduardo Paula Silva. De imediato, vem um tempurá de vieira envolta no shissô e numa massa sutil. Passa-se aos sashimis, que podem ser de peixes como atum e atum akami nacionais, akami de bluefin e chutoro bluefin dos bons mas não formidável. Há ainda ussuzukuri de prejereba ou outro peixe do dia ao ponzu, que na visita tinha um sabor levemente amargo da casca de tangerina. A sequência de sushis inclui olhete com conserva de yuzu, carapau, pargo de pele tostada besuntado com uma marcante manteiga infusionada com katsuobushi, temaki cilíndrico de chutoro batido com shissô, camarão biteludo cozido na hora, ótimo uni, ovas de salmão, wagyu levemente selado com muito karassumi feito na casa, chutoro e (ufa!) temaki grandalhão de enguia e mel, que é quase uma sobremesa. O final é dado pelo bolo de cenoura de jeitão americano, com noz-pecã, cobertura cremosa de laranja-baía e yuzu mais sorvete de baunilha e um fio de mel.

Informações checadas entre julho e agosto de 2024.