Hagi Torroneria e Chocolateria

Resenha por Larissa Zapata

Ao notar uma lacuna na oferta de torrone, doce cuja textura varia da dura à macia bem viscosa, membros da família Hagi — composta pelo casal Adriana e Nilton e a sobrinha deles, Isabel, formada em Artes Culinárias pelo Institut Paul Bocuse, na França — decidiram focar na elaboração da guloseima. Em 2021, nasceu a primeira loja e fábrica da Hagi Torroneria e Chocolateria em Curitiba, cidade de origem da família. Quase quatro anos depois, a marca chega a São Paulo. Esse quarto endereço, o primeiro fora do Paraná, ocupa um espaço de 350 metros quadrados, embaixo de um predinho em Pinheiros. Grandes painéis de madeira no teto e o piso claro com manchinhas que podem evocar os torrones chamam tanta atenção quanto a vitrine dos doces. Na versão macia, a receita da casa é a clássica italiana: mel, açúcar, clara de ovo e amêndoa, produzida em formato retangular sem aditivos em equipamentos trazidos da Itália. O tradicional, batizado de san lorenzo (R$ 27,00, 60 gramas), tem leveza de açúcar e consistência firme, mas derrete na boca com facilidade. Outras versões apresentam um toque brasileiro. É o caso da de açaí com castanha-do-pará (R$ 27,00, 60 gramas), bem crocante. Desde 2019, os sócios produzem chocolate bean-to-bar com cacau da Amazônia, com opções como a 55% cacau e frutas vermelhas (R$ 27,25, 50 gramas) e a 70% com banana e castanha-de-caju (R$ 27,25, 50 gramas). Para experimentar um pouquinho de tudo, é possível pedir a degustação (R$ 25,00), que inclui torrones, crocante aerado de mel com chocolate, drágeas, como a de cranberry coberta de chocolate branco, e pedaços das “telhas” de chocolate. Nos fundos da loja, funciona ainda um café com pedidas como macchiato (R$ 15,00) e chá de cacau amazônico (R$ 26,00), uma infusão da semente do fruto de origem tropical.

Informações checadas em maio de 2025.