Elevado Conselheiro

Resenha por Saulo Yassuda

Nada de poluição sonora no Elevado Conselheiro. Vibrante e em alto volume, a música é a protagonista do bar aberto em agosto, e não atrapalha as conversas dos grupos e casais de gente com 30 mais que aparece por ali. O investimento em conforto sonoro não foi pequeno e é evidenciado quando DJs (ou “seletores” musicais), convidados pelo sócio Guga roselli, idealizador do festival Mareh, embalam as noites com vinis de diferentes gêneros de música eletrônica, disco e soul, entre outros ritmos, no casarão à meia luz, de paredes escuras e pé-direito alto. O ambiente fica completo com um quintal aos fundos, onde o público senta em bancos de concreto, além de um terracinho na entrada. Sócio também do wine bar Elevado, na Vila Buarque, Leandro Mattiuz montou para esta casa irmã outra boa seleção de vinhos com opções em garrafa e doses individuais, levadas à mesa já servidas na taça, para agilizar a operação. São boas opções o branco gaúcho Hermann Alvarinho Matiz 2021 (R$ 158,00; R$ 32,00 a taça), o laranja uruguaio Pablo Fallabrino el Elefante Pisador (R$ 228,00; R$ 42,00) e o tinto italiano Bel Colle Langhe Nebbiolo 2021 (R$ 228,00; R$ 42,00), provados em duas visitas. Uma pequena mas boa carta de drinques criada em uma consultoria do bartender do ano pelo COMER & BEBEr Lula Mascella, do Picco, está à disposição, com receitas fáceis de tomar, caso do amaro sour (blend de averna, Lucano, Cynar, Cynar 70, limão, xarope de açúcar; R$ 48,00). De uma grelha inclinada, saem sugestões como os cogumelos eryngui, shiitake e portobello que incrementam o fettuccine com muita manteiga (R$ 74,00). Se for só para petiscar, há porçõezinhas como a de picles artesanais de rabanete arco-íris, cenoura roxa, beterraba amarela e couve roxa (R$ 22,00) para mastigar enquanto curte o som.

Informações checadas em outubro de 2023.