Casa Tavares

Resenha por Arnaldo Lorençato

Projeto do publicitário que virou restaurateur Ivo Abrahao Nesralla Júnior, o restaurante Tavares está de volta em outro endereço, com outro nome e uma nova proposta. É agora Casa Tavares, que, além de servir refeições, põe em primeiro plano as facetas de mercadinho de orgânicos, rotisseria e confeitaria. Fica em uma esquina movimentada da Vila Madalena e tem fachada de madeira que faz lembrar um antigo galpão. A empadinha de bacalhau (R$ 15,00), montada em um cestinho de massa podre da melhor qualidade – aquela que esfarela, mas não gruda na boca – leva o pescado desfiado e temperado no recheio. O segmento dos petiscos traz também um pão de queijo diferente (R$ 8,00), preparado com ovo na massa, mais macia e menos elástica, e a dupla de bolinhos de acarajé vegetariano (R$ 43,00), com vatapá de abóbora ardidinho, picles de quiabo e molho picante. O cardápio variado traz pratos como o igualmente vegetariano nhoque de mandioquinha com um ragu à bolonhesa de lentilha vermelha e tapenade de alcachofra salpicado de parmesão (R$ 63,00). Outra pedida, o peixe do dia é ladeado por uma seleção de vegetais assados na manteiga de ervas como palmito pupunha, abobrinha e aspargo, tudo para ser regado com um apetitoso vinagrete de coco verde (R$ 89,00). Guardadas em uma vitrine refrigerada, as sobremesas têm vários tons de açúcar. Para os fãs das versões bem doces cumpre bem o papel o creme de mascarpone assentado sobre um pão de ló com compota de abacaxi com maracujá (R$ 17,00). No outro extremo, o pudim de leite de aveia com ovos (R$ 19,00) não pesa na doçura e é dos melhores. nessa fase ainda inicial, a Casa Tavares carece de ajustes. Na visita que fiz em um sábado, não tinha justamente o prato do dia, no caso, a feijoada (R$ 59,00), o que pode causar certo desapontamento da clientela.

Informações checadas em janeiro de 2024.