Bar Caju

Resenha por Saulo Yassuda

O Bar Caju não é, exatamente, um endereço temático do fruto nativo. Ainda assim, o ponto etílico do lobby do JW Marriott Hotel — reaberto em maio de 2022 com o mesmo nome do antigo bar que ali funcionou na época em que a cadeia Four Seasons cuidava do espaço — tem um balcão curvilíneo que lembra o formato da delicinha nacional e um ótimo drinque de cajuína. O nome não tinha como ser outro: meu caju (R$ 52,00). Essa mistura translúcida leva, além do suco clarificado preparado na casa, gim com a fruta, cachaça, Falernum e cítricos. Trata-se de uma criação do bartender Gustavo Rômulo, que na carreira se especializou em bares de hotel: passou pelos balcões de Tivoli Mofarrej, Unique, Palácio Tangará e Grand Hyatt. Outras opções propostas por ele também enaltecem, no nome e na composição, alguns insumos, algo parecido com o que o SubAstor faz. O yuzu (R$ 48,00), de saquê, gim, licores do fruto yuzu e marasquino e sucos de limões tem o perfume cítrico presente em consonância com os outros ingredientes, e o pêssego (R$ 48,00), de bourbon, abacaxi, licor de pêssego e limão-taiti, é uma mistura fácil de agradar a diferentes paladares. São desnecessárias, porém, as inscrições nutricionais que ocupam a carta em cada uma das pedidas (“O pêssego apresenta antioxidantes, vitaminas, minerais, fibras e carboidratos.”). De comer, a cozinha manda uma saborosa porção de coxinha que tem a apresentação pouco ordeira dos salgados (R$ 44,00, quatro unidades). Para um jantar mais completo, basta andar alguns passos e chegar ao restaurante Neto. Um alerta final: hidratar-se é fundamental, mas a água mais barata por ali sai a R$ 24,00 a garrafinha de 250 mililitros. No dia 9, a partir das 19h30, o bar recebe o bartender Anthony Callegari, do Punch Room, do hotel The London Edition de Londres.

Informações checadas em julho de 2023.

• drinque