Amay Patisserie

Resenha por Larissa Zapata e Saulo Yassuda

Desde a criação da Amay, um ano e meio atrás, a refinada proposta de Aya Tamaki é elaborar sobremesas bonitas e deliciosas para o público que tem algum tipo de restrição, como os celíacos. Em seus confeitos, por exemplo, não vai farinha de trigo. Esse detalhe não impede que sejam ótimos, e a doceria montada pela confeiteira formada pela Le Cordon Bleu de São Paulo leva o título de melhor de sua categoria pelo segundo ano consecutivo. Na cozinha envidraçada, que pode ser vista por quem escolher uma das mesas no salão dos fundos com um grande painel colorido, todos os insumos são controlados e passam por testes periódicos em laboratório para garantir que não exista a chamada contaminação cruzada. No lugar do trigo, entram farinhas de amêndoa, de arroz e de outros cereais. Embora tenha formação francesa, Aya usa como inspiração para seus doces a confeitaria yogashi, uma interpretação no Japão contemporâneo para a doçaria ocidental com características como uma notável redução de açúcar nas receitas. Também vem do Oriente a definição do nome: amai significa doce em japonês, e o y acrescenta o toque pessoal da proprietária. Na vitrine, não repousam por muito tempo artes em açúcar como a choux cream (R$ 16,50) de creme legère (de confeiteiro com chantili) com fava de baunilha. Sem lactose e de apresentação impecável, o bolo de abacaxi, mirtilo e coco (R$ 29,50 a fatia) revela a harmonia de sabores das frutas utilizadas em um pão de ló quase etéreo de tão leve. Na mesma linha, o bolo de tiramisu (R$ 29,90 a fatia) leva mascarpone, nibs de cacau e café. Nada enjoativa, a torta de chocolate (R$ 30,25) tem base de cacau e ganache aromatizada com a erva asiática shissô mais chantili e telha de chocolate na cobertura.

Informações checadas entre julho e agosto de 2024.