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Portuguesa é rebaixada e torcedores culpam a diretoria do clube

Apaixonados pela Lusa prometem manifestações contra a decisão do Supremo Tribunal de Justiça Desportiva

Por Marcus Oliveira
Atualizado em 5 dez 2016, 15h22 - Publicado em 16 dez 2013, 18h56

A escalação de Héverton na rodada final do Campeonato Brasileiro realmente custou caro para a Portuguesa, apesar do empate por 0 a 0 com o Grêmio. Após um novo julgamento nesta sexta (27), a Lusa não conseguiu anular a decisão e ganhou uma passagem direto para a segunda divisão do Brasileirão.

Durante o primeiro julgamento no dia 16, o Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) já havia considerado irregular a participação do volante na partida e retirou quatro pontos do time do Canindé, além de determinar uma multa de 1 000 reais. Com a decisão, a equipe paulistana foi rebaixada para a série B da competição nacional. Revoltados, torcedores culpam a diretoria do clube e prometem manifestações. 

Fora das quatro linhas, um dos grandes personagens da campanha da Portuguesa no Brasileirão deste ano foi o maestro João Carlos Martins, que em três oportunidades foi até o centro de treinamento do clube para dar uma palestra aos jogadores. Torcedor da equipe do Canindé desde os 5 anos, ele compareceu em treze dos dezenove jogos da Lusa em São Paulo, apesar de sua agenda atribulada de 165 concertos ao redor do mundo somente este ano.

 

Também indignados, os proprietários de padarias de São Paulo prometem um boicote. Torcedores da Portuguesa, eles afirmam que vão deixar de comprar produtos de fornecedores que patrocinam o torneio nacional, como a Ambev.

De acordo com o último levantamento do Sindipan, 6 000 padarias da cidade estão nas mãos de luso-descendentes. O presidente do sindicato e conselheiro da Lusa, Antero José Pereira, afirma que a colônia está revoltada. “Recebo mais de vinte ligações por dia de gente reclamando. Não vou apoiar o movimento pelo sindicato. Mas, como torcedor, minha padaria também entra.”

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No último sábado (14), a maior torcida organizada do clube fez uma manifestação na Avenida Paulista, em frente ao Masp. Com 6 000 associados, a Leões da Fabulosa reuniu cerca de 100 pessoas no local, segundo balanço da Polícia Militar.

Marcado pelas redes sociais, o encontro chamado de “Diga Não ao Tapetão” teve apoio até mesmo de torcedores de times rivais da cidade.

Presidente da torcida, João Alberto Carvalho Figueiredo reclama da atual diretoria e afirma que não vai mais aos jogos do clube. Apesar disso, reconhece o esforço do elenco. “Os jogadores honraram muito a camisa, com salários atrasados. Eles caíram jogando bola.”

De saída do comando da Leões da Fabulosa, João afirma que o atual presidente do clube – Manuel da Lupa – afastou os torcedores. “Ele não nos dava ingresso para as viagens. Eu acho que tudo isso é falta de pulso por parte da presidência. A Portuguesa está abandonada.”

Manuel de Lupa também não estará na presidência do clube em 2014. Para seu lugar foi recém-eleito Ilídio Lico.

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Entenda o caso

O jogador Héverton cumpriu suspensão automática na penúltima rodada, diante da Ponte Preta, após expulsão contra o Bahia no confronto anterior. O meia foi julgado e punido com dois jogos. Sendo assim, estava “pendurado” contra o Grêmio na última rodada.

Apesar disso, ele foi relacionado e entrou em campo aos 32 minutos do segundo tempo. O empate por 0 a 0 com o time gaúcho salvou a Lusa, rebaixando o Fluminense.

Entretanto, o caso foi parar no Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Com a decisão nesta segunda (16), o time carioca se salvou e a Lusa caiu para a série B.

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