Visite a pé as melhores galerias dos Jardins
Coloque um calçado confrotável e use este roteiro para se aventurar pelo melhor da arte contemporânea
É na segunda semana de janeiro que as galerias retomam a sua programação. Quem continua de férias ou está na cidade no fim de semana, sobretudo no sábado, quando os espaços culturais estão abertos, pode aproveitar para fazer um roteiro a pé pelos Jardins e conhecer o melhor da arte contemporânia. Confira nossas dicas.
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É neste bairro onde foi fundada a primeira galeria do Brasil, a Luisa Strina, em 1974. A diretora que deu nome ao espaço é uma das cem pessoas mais influentes no mundo das artes. Ali do lado também está localizada a Galeria Mendes Wood, cujos sócios também figuram entre as pessoas mais importantes do cenário.
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Passar por vários espaços em um só dia é fácil, já que as galerias estão situadas uma ao lado da outra. Assim, o melhor de tudo é ir a pé e, de vez em quando, parar em uma loja ou restaurante no meio do caminho. Não se acanhe: apesar parecerem lugares apenas para iniciados, as galerias recebem muito bem quem entra por suas portas.
Comece pela Galeria Luisa Strina, na Rua Padre João Manuel, 755. Ela é uma referência para qualquer amante das artes. Foi sua diretora quem inaugurou esse mercado no Brasil e também a primeira pessoa que deu seu nome a uma galeria – depois, a prática virou moda. Até o dia 30, apresenta a mostra Coleções, uma coletiva de fotografias de artistas como Pedro Motta, Marcos Chaves e Rochelle Costi, que estão sendo vendidas por 600 reais.
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Pouco mais de três quarteirões são necessários para chegar até a Rua Estados Unidos. No número 1 494 está a Zipper, mais jovem e descolada. Ali são descobertos novos artistas, em eventos como o Salão dos Artistas sem Galeria, que entra em sua sétima edição a partir do dia 19. Até 16 de janeiro, quem passar por lá pode conferir a mostra do fotodocumentarista Gabriel Chaim, com registros da guerra na Síria.
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Ao lado, na altura 1 638, está a Dan Galeria, que tem um acervo riquíssimo: alguns dos nomes de sua coleção são Lygia Clark, Jesús Soto e Leon Ferrari. Uma puxada até o número 2 205, leva até a Emma Thomas. Não deixe de subir ao segundo andar para checar o acervo da galeria e o terraço, no terceiro andar.
Subindo a Rua da Consolação, a galeria Mendes Wood, cujo jardim interno faz dela uma das mais bonitas da cidade, apresenta uma obra que já garante uma boa experiência no espaço. Trata-se do trabalho virtual criado por Daniel Steegmann Mangrané: depois de colocados, os óculos de mergulho que pendem do teto levam ao mundo criado pelo artista a partir de florestas brasileiras.
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Basta atravessar a rua para se chegar a Marcelo Guarnieri, que apresenta uma elegante exposição da paulistana Amelia Toledo. A artista de 89 anos trabalha com materiais como pedras e espelhos e cria interações que provocam experiências visuais.