Mais de dez mil pessoas visitam mostra sobre o Renascimento
Movimentação é intensa para ver obras de Rafael, Da Vinci e outros mestres italianos no CCBB. Espera na fila é intensa neste domingo (14)
Em seu primeiro fim de semana, a exposição Mestres do Renascimento: Obras-Primas Italianas levou mais de dez mil pessoas ao Centro Cultural Banco do Brasil, no centro, para ver as 57 pinturas de Da Vinci, Rafael e Botticelli, entre outros mestres italianos em cartaz no espaço. A instituição ficou aberta desde sábado (13) e só encerrou as atividades às 21h de domingo (14), quando terminou a primeira Virada Renascentista. Em 2012, a coletiva dos impressionistas também ficou aberta durante uma madrugada. Ainda não foram divulgadas outras noitadas como essa.
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Quem deixou para conferir a exposição no domingo (14), encarou, pelo menos, uma hora de fila. De acordo com a assessoria de imprensa do CCBB, houve movimento até as 3h e o público só voltou a aparecer com mais força a partir das 7h — as olheiras nos rostos dos visitantes evidenciavam o horário. Às 10h30, quando a reportagem de VEJASAOPAULO.COM esteve por lá, dois espaços destinados à espera já estavam lotados. Idosos, gestantes, pessoas com deficiência ou acompanhadas de crianças de colo têm preferência.
Dentro da mostra, mais filas. Como as salas têm lotação máxima de até quarenta pessoas, não raro é preciso esperar que alguém saia para outro poder entrar. Para evitar a demora, a dica é chegar no início da noite, por volta das 19h. Segundo a organização, a expectativa é de que pelo menos 300 000 pessoas passem por lá até 23 de setembro.
As filas para a abertura, no sábado (14), foram ainda mais longas. Os primeiros visitantes começaram a chegar por volta das 15h, e, às 17h, as pessoas já ocupavam toda a calçada. A espera do lado de fora chegou a quatro horas. Foi este o tempo que Rosália Manicardi, de 53 anos, permaneceu do lado de fora acompanhada de seu filho e de amigos. “Liguei para o CCBB antes de sair de casa e fui informada de que a espera não passaria de duas horas”, disse ela, que chegou às 18h, horário de pico. “Quem esperou duas horas, espera mais duas.”
Para distrair os visitantes enquanto aguardavam na fila, o CCBB promoveu intervenções, como um baile, com educadores vestidos com roupas do século XVI, e outros interpretando personagens históricos da época ou que estão representados nos quadros, como a Musa Grega, que cantou para o público na tarde de sábado. À noite, DJs tocavam remixes de canto gregoriano e música eletrônica, enquanto VJs projetavam imagens dos pinturas renascentistas nos prédios ao redor do centro cultural.
Uma boa estratégia para driblar as longas filas de espera é visitar a exposição em horários alternativos, quando a procura é menor. A organização da mostra recomenda o início da noite, a partir das 19h, como melhor horário para visitação. Pela manhã, na abertura, e no horário do almoço, o fluxo de frequentadores é maior.