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José Moura-George apresenta pinturas inéditas no MuBE

Artista luso-britânico vive no Brasil pela segunda vez e diz que país o inspirou a colocar mais cores em suas telas

Por Bruna Ribeiro
Atualizado em 5 dez 2016, 15h56 - Publicado em 6 jun 2013, 16h38

O luso-britânico José Moura-George, de 69 anos, apresenta até dia 16 a exposição Rumos e Destinos no Museu Brasileiro da Escultura (MuBE). São trinta pinturas – 27 inéditas no país – de paisagens conceituais, construídas por geometrias, cores e luz.

Com mãe portuguesa e pai inglês, Moura-George conta que somente após sua experiência no Brasil é que seus trabalhos ganharam tons vivos. “Fiquei dez anos aqui, de 70 a 80. Antes, os meus temas eram mais cinzas”, afirma o artista que voltou faz dois anos a viver em São Paulo.

Sua esposa, Maria Teresa, divide seu tempo entre a capital paulista e Portugal e lembra que a cena cultural brasileira era muito menor há cerca de 30 anos. “Criar um público por meio da pintura é extremamente gratificante. É muito gostoso quando as pessoas veem, apreciam e até pedem para conversar com você”, completa Moura-George, que também já morou na Inglaterra, nos Estados Unidos e na Alemanha.

Após o fim da mostra, as obras que compõem Rumos e Destinos poderão ser adquiridas por preços que variam entre R$ 3 mil e R$ 50 mil.

Leia mais sobre a trajetória de Moura-George na entrevista abaixo:

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De onde veio a inspiração para Rumos e Destinos? Eu escolhi o tema há dois anos e comecei a desenvolver as telas. Elas são todas inéditas no Brasil, exceto três. Na verdade, é tudo o que observo quando estou caminhando. Eu vejo essas imagens e registro em pequenas anotações, em um caderno. Hoje em dia, o celular me ajuda muito. Eu tiro fotos e, quando chego ao ateliê, começo a criar.

Como o Brasil influencia seu trabalho? Eu vivi dez anos aqui, dos anos 70 aos 80. O Brasil foi a minha grande influência de cor e luz. Com a minha educação foi em inglês e alemão e estudei na Bauhaus [escola germânica de design, artes plásticas e arquitetura], meus temas antes eram mais cinzas. O Brasil me deu cores completamente diferenciadas, mais alegres, e também me influenciou nas paisagens que represento nas telas.

O que o motivou a voltar a viver no país? Sempre gostei daqui. Visitava muito o Brasil, pois tive uma casa na Bahia. São Paulo me alimenta, por ser essa metrópole. O resto do país é lindo, mas para trabalhar é melhor aqui. Há dois anos, iniciei um curso no Instituto Tomie Ohtake de pintura contemporânea brasileira e me integrei de novo.

O senhor também já viveu em outros países. O que aprendeu em cada lugar? Vivi em Portugal até os 13 anos. Lá, um tio que era arquiteto abriu meus olhos para as artes. Na Inglaterra, tive toda a minha formação e comecei a criar – foi a base da minha estrutura intelectual. Nos Estados Unidos, desenvolvi praticamente todo meu trabalho. Já na Alemanha, eu participei da Bauhaus. Foi uma temporada extremamente importante, que me agregou técnica.

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