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Holger lança “Ilhabela” no Sesc Pompeia com palhinha de Karol Conka

O baixista Pedro Pepe fala à VEJINHA.COM sobre o show no Lollapalooza, as referências do segundo disco e o que a banda gosta de fazer na cidade

Por Mayra Maldjian
Atualizado em 1 jun 2017, 17h46 - Publicado em 10 abr 2013, 23h01
Lollapalooza - 2013 - Holger
Lollapalooza - 2013 - Holger (Dave Mead/)
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Há pouco mais de uma semana, os meninos do Holger fizeram a sua primeira grande aparição do ano. Eles praticamente abriram o festival Lollapalooza, realizado no Jockey Club entre 29 e 31 de março. “Durante o show foi chegando mais e mais gente. O sol apareceu, deu o clima e tudo deu certo”, lembra satisfeito o baixista Pedro Pepe. Formada também por Arthur Britto, Bernardo Rolla, Marcelo Tché e Pata, a banda paulistana soube encarar a numerosa plateia com desenvoltura.

O clima a que o músico se refere é o de Ilhabela, o segundo disco de estúdio do quinteto, uma viagem sonora à praia do título, um pedaço de areia embrenhado no litoral paulista. Para celebrar o lançamento, eles repetirão essa viagem nesta quinta (11), no palco do Sesc Pompeia, com participação de dois convidados do disco, o percussionista João Parahyba (Trio Mocotó) e a tecladista Irina Bertolucci (Garotas Suecas). Após a apresentação, eles promovem uma festinha no Neu Club.

A rapper curitibana Karol Conka também dará uma palhinha no show. “Tivemos a participação da Li Saumet, vocalista da banda colombiana Bomba Estereo, na música Infinita Tamoios. Gostamos muito do trabalho dela, mas sabíamos que seria difícil trazê-la para o show, então pensamos na hora na Karol Conka. Ficamos bem felizes por ela ter topado”, conta Pepe.

Sucessor de Sunga (2010), o novo disco também tem gostinho de férias de verão. Produzido por Alex Pasternak, do trio americano Lemonade, o trabalho mergulha mais fundo, porém, na música brasileira. A parceira com Parahyba é reflexo disso. “Com todas as influências nacionais que queríamos colocar no disco, concluímos que seria bom ter a participação de um percussionista”, afirma o baixista. “Sabíamos que era o nome perfeito para isso.”

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O combustível para chegar até Ilhabela, segundo ele, foi uma combinação de ritmos brasileiros, do axé ao tecnobrega, do samba ao pop rock dos anos 1980. Música eletrônica, diz, também serviu de referência (no Lolla, eles correram para ver Hot Chip e Major Lazer, e conheceram os ídolos do Flaming Lips nos bastidores). “Dirigimos muito em turnês pelo Brasil e no exterior. E a única coisa que se tem pra fazer é ouvir música, então tivemos tempo de sobra para escutar de tudo e digerir novas influências para o nosso som.”

Não por acaso, o quinteto também decidiu apostar na língua pátria –no primeiro álbum, todas as músicas eram cantadas em inglês. Das doze faixas do novo trabalho, apenas três estão em inglês: “Great Strings”, “Another One” e “Full of Life”. “Foi uma escolha, com certo quê de desafio. Cantar em português é mais difícil porque você está exposto. O inglês, por não ser nossa língua oficial, acaba muitas vezes servindo de máscara para você dizer qualquer coisa que soe bem aos ouvidos.”

O quinteto, que tem na bagagem uma turnê internacional, com passagem pelo importante festival texano South by Southwest, deve colher, agora, os frutos do amadurecimento. “Acho que temos noção de onde estamos e quais próximos passos podemos dar”, avalia Pepe, ressaltando que apesar de ninguém viver só da música, a banda é um trabalho. “Sendo assim, tentamos sempre fazer tudo da maneira mais profissional, acreditando no nosso jeito de ver e participar do mercado.

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Holger
Holger ()

Trabalho à parte, não é difícil encontrar o Holger passeando pela cidade. Fãs de comida e futebol, além de música, é claro, costumam misturar tudo isso na hora de se divertir. “Curtimos o Neu Club, a Casa do Mancha, a pizzaria La Gallega, a Casa Garabed e o Hambúrguer do Seu Oswaldo. O futebol fica para as terças à noite, num campo society da zona norte.”

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