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Gaby Amarantos: “O Brasil tem um pop autêntico que vem da floresta”

Principal atração do show Terruá Pará, que reúne vinte nomes da música paraense no Auditório Ibirapuera, a cantora fala sobre a boa fase do pop produzido em seu estado

Por Tiago Faria
Atualizado em 5 dez 2016, 16h50 - Publicado em 4 out 2012, 13h30

Organizado pelo governo do Pará, o espetáculo Terruá Pará foi criado para celebrar as várias vertentes musicais do estado. Mas o conceito periga ser ofuscado pelo colorido extravagante de uma das cantoras brasileiras mais populares do momento: Gaby Amarantos, que foi eleita a artista do ano no Video Music Brasil 2012 e emplacou o hit Ex Mai Love na abertura da novela Cheias de Charme, é a atração mais aguardada de um evento que reunirá, de sexta (5) a domingo (7), duas dezenas de artistas paraenses no Auditório Ibirapuera.

+ Confira o serviço completo do evento

O apelo de Gaby se tornou tão forte que os produtores da terceira edição do show, Carlos Eduardo Miranda e Cyz Zamorano, promoveram a cantora ao posto de mestre de cerimônias. Ela apresentará artistas (e colegas) como Felipe Cordeiro, Gang do Eletro, Dona Onete, Lia Sophia, Sebastião Tapajós, entre outros. Juntos no palco, eles prometem repassar uma seleção musical diversificada, do pop ao regionalismo.

À VEJINHA.COM, ela fala sobre os preparativos para o show e explica a boa fase do pop paraense, muito bem representado pelo álbum Treme, a estreia de Gaby.

VEJINHA.COM: A música paraense passa por um bom momento. Como você avalia essa fase?

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GABY AMARANTOS: Eu avalio como um momento que surgiu naturalmente. É uma cena que vem se consolidando ano a ano. A gente vinha tentando criar um movimento e a coisa aconteceu de um jeito muito bacana. Como diz o Miranda (produtor do show e do disco Treme, de Gaby), eu sou a ponta de lança do movimento. Mas é preciso mostrar que outras pessoas estão envolvidas. Não queremos que aconteça o que aconteceu em outros momentos, quando a música pararense começou a se destacar, mas não houve continuidade.

VEJINHA.COM: Existe um clima de cooperação entre vocês, artistas?

GABY AMARANTOS: A gente fala muito um do outro. O Felipe Cordeiro fez música para o meu disco, eu fiz música para ele. A Dona Onete é a nossa matriarca. Rola uma cumplicidade de irmãos. Ficamos felizes com o sucesso do outro. Não é só um momento da Gaby, mas da música paraense. A música do Pará tem várias vertentes, vai do regional ao moderno. Todos bebem da mesma fonte, mas são muitas as peculiaridades. Cada um tem a sua característica, mas todos somos da Amazônia, da floresta.

VEJINHA.COM: A mescla de ritmos regionais e o pop é uma marca da sua música. De onde vem essa mistura?

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GABY AMARANTOS: Vem muito da minha vivência. Eu freqüentava muito festas (de technobrega) onde, quando uma música forte começava a tocar, as pessoas gritavam como se fosse gol. Vi tantos sucessos sendo gerados que ganhei um know-how, passei a saber o que vai estourar. E eu quero mesmo é fazer hit, fazer sucesso, quero minhas músicas na novela. Essa vivência de doze anos me preparou para o que estou experimentando agora. O Miranda soube traduzir isso no disco, transformou numa coisa moderna, sem perder a essência. Mostramos que o Brasil tem uma música autêntica, pop, que é feita na floresta e que não parece com o que é feito lá fora.

VEJINHA.COM: É um incômodo quando a chamam de Beyoncé do Pará, como aconteceu na edição mais recente do Vídeo Music Brasil?

GABY AMARANTOS: Me chamam de Lady Gaga da Amazônia, de Björk tupiniquim, de Madonna do Pará… Acho o máximo. Mas não quero ser nenhuma delas. Sou a primeira artista brasileira que é comparada com essas divas internacionais, e isso é ótimo. Mas deixo claro que tenho o meu trabalho. Adoro ser Gaby Amarantos. Não estou imitando ninguém.

VEJINHA.COM: Qual é a sua participação no show Terruá Pará?

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GABY AMARANTOS: Eu sou meio que uma mestre de cerimônias. Eu lidero, comando as brincadeiras… Tudo para que as pessoas se sintam confortáveis para cantar. Estamos ensaiando há quase um ano, mas cada show é diferente do anterior. A gente improvisa muito. É bem bacana porque rola um clima de ir ao backstage para ver o colega cantar. Incluímos no repertório músicas que fizeram sucesso recentemente, como Ex-Mai Love. Não faria sentido entrar em cena e não cantar a minha música de maior sucesso no momento. Quando a gente percebe que tem algum cantor paraense na plateia, ele é convidado para subir ao palco e cantar… Tudo pode acontecer.

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