Estreia do filme 5 estrelas ‘Parasita’ é a grande atração do fim de semana
Um restaurante para comer delícias amazônicas promete deixar o sábado (9/11) e o domingo (10/11) mais gostosos
No clássico infantil O Mágico de Oz, Dorothy e seu cachorro Totó são carregados por um ciclone (com casa e tudo) para uma terra mágica. Na adaptação de Vitor Rocha, a trama vira cordel e Oz vira Ó, no meio do sertão. Dorothy se torna Maria Doroteia — em uma interpretação cheia de garra da ótima Luiza Porto. Trata-se de uma produção de cenários e figurinos simples que comprova o poder insuperável de uma boa história. Sesc Consolação. Sábado, 11h. R$ 20,00. Reestreia no sábado (9). Até 14 de dezembro.
Sem escalas, o restaurante Banzeiro veio direto de Manaus para o Itaim. O cardápio não se resume apenas às maravilhas do caldo de tucupi e aos efeitos anestésicos das folhas e flores do jambu. Investe, por exemplo, em esplêndidos peixes de água doce inclui o matrinxã inteiro recheado de farofa de banana (R$ 129,00, para dois). Um espetáculo à parte é o modo como um dos bem treinados garçons limpa e serve o pescado, que vem acompanhado de baião de dois cremoso de feijão-manteiguinha e vinagrete de tomate e picles de pimentão. Rua Tabapuã, 830, Itaim Bibi.
O ano está positivo para o cinema. Depois de Era uma Vez em… Hollywood e Coringa, mais um grande filme conquista a rara cotação máxima de 5 estrelas. É Parasita, que levou a Palma de Ouro no último Festival de Cannes e representa a Coreia do Sul no Oscar 2020. No auge de sua carreira, o diretor Bong Joon-Ho faz uma mistura de drama, humor, suspense e crítica social. A trajetória de uma família que vive no porão de um prédio com janelas para a calçada apresenta um início dramático, mas tem tantas reviravoltas que é difícil explicar sem dar spoiler. Vale o ingresso do cinema. Direção: Bong Joon-Ho (Gisaengchung, Coreia do Sul, 2019, 132min). 16 anos.
Monique Gardenberg estreou o seu grande trabalho no teatro, o drama épico Os Sete Afluentes do Rio Ota, há dezesseis anos e gerou uma comoção duradoura em boa parte da plateia. É louvável o seu misto de coragem e segurança ao remontar o texto do canadense Robert Lepage com seus 300 minutos em um tempo em que o público quase passa mal de ficar uma hora sem acionar o celular ou conversar com o colega ao lado. Monique sabe das coisas, e o resultado é tão arrebatador quanto o provocado pelo original, inclusive para aqueles que o aplaudiram. A peça, dividida em sete partes, é ambientada em cidades como Hiroshima, Nova York, Amsterdã e Osaka e calcada em contrastes entre Ocidente e Oriente, guerra e paz, vida e morte.
Sesc Pinheiros — Teatro Paulo Autran. Rua Paes Leme, 195, Pinheiros. Quinta a domingo, 18h. R$ 50,00. Até 1º de dezembro
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