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Cinco perguntas para Nevilton

Vocalista fala sobre <em>Sacode!</em>, segundo disco da banda paranaense, tema do show de quinta (25), no Sesc 

Por Mayra Maldjian
Atualizado em 5 dez 2016, 15h47 - Publicado em 22 jul 2013, 13h51

Uma das grandes surpresas do rock brasileiro nos últimos anos, o power trio Nevilton lançou em março o segundo álbum. Sucessor do EP Pressuposto (2010) e do elogiado disco de estreia De Verdade (2011), Sacode! (baixe aqui) rege o show da banda nesta quinta (25), no Sesc Pompeia.

A saudade da terra natal Umuarama, no interior do Paraná, e a vida nova na capital paulista inspirou boa parte das doze composições assinadas pelo jovem Nevilton de Alencar (guitarra), 26 –ele  se mudou para São Paulo há dois anos com os companheiros Lobão (baixo), 32, e Eder Chapolla (bateria), 28. Porcelana, sobre a saudade da mãe e a morte do avô, é uma delas. 

Produzido por Carlos Eduardo Miranda, o álbum também reflete o amadurecimento sonoro do gurpo, que cita como referências atuais “bandas setentistas que faziam um rock forte, cantável e que também viviam em diálogo com a música dançante, do tipo Badfinger e Doobie Brothers”. O trabalho foi gravado no estúdio Toca do Bandido, no Rio de Janeiro, e lançado pelo selo Oi Música. 

Leia abaixo entrevista com Nevilton:

 

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VEJASAOPAULO.COM – Como é que essa mudança para São Paulo influenciou vocês musicalmente?

Nevilton – O maior choque foi a quantidade de acontecimentos e programação cultural, tudo isso num ritmo acelerado em que as pessoas fazem de tudo e não prestam atenção em quase nada. Além do convívio com outros artistas e gente que também estão inseridos nessas tentativas diárias de viver da arte que produzem, mais o peso histórico cultural que rola por aqui… isso tudo motiva e de alguma forma reflete em nossa conduta e na nossa música também.

Quem é ela da música Sacode!? Ela pode ser você, eu, o leitor(a), até quem ainda não escutou a música. É toda pessoa que passa por ocasiões e condições que nem sempre seriam o ideal para fazerem o que fazem, do tipo continuar em seus empregos, manter um projeto de vida, criar seus filhos com os valores e dignidade que gostaria… Enfim, tem dificuldade para fazer o que gostaria, mas nem por isso se deixa abater, e faz de tudo para chegar lá.

E por que essa música deu título ao disco? Porque também tem muito disso nas nossas vidas, na vida de músico, na vida de quem sai –ou sempre vive fora– de sua zona de conforto. Acaba sendo uma espécie de filosofia de vida: “se a barra pesa… sacode!”.

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Assim como no primeiro disco, as letras da banda falam muito sobre situações cotidianas. Como é o seu processo de composição? Também posso dizer que é um processo tão cotidiano quanto do que as canções falam. É vivendo, passando por situações, conhecendo pessoas, escutando histórias… alegrias, tristezas, desilusões e paixões alheias… tudo é combustível para meus personagens e canções.

Quais são as influências de sempre e quais as atuais? As influências de sempre estão basicamente no cancioneiro brasileiro do tipo Belchior, Fagner, Alceu, Chico Buarque, Noel Rosa, e no rock alternativo do tipo Pixies, Pavement, Nirvana, Guided By Voices, The Cure, Echo and The Bunnymen. As atuais a gente focou bastante em bandas setentistas que faziam um rock forte, cantável e que também viviam em diálogo com a música dançante, do tipo Badfinger, Doobie Brothers, West Bruce & Laing, Cream, Todd Rundgren, Hall & Oates, toda uma turma divertida e que tem músicas muito bem construídas e tocadas, sem deixar de ser acessíveis a uma grande diversidade de público.

Acho que com toda essa bagagem legal, mais o fato de se trabalhar com o Miranda e Tomás, gravando na Toca do Bandido, estúdio lendário, trouxe na sonoridade geral,m som bem mais cheio, com arranjos mais amarrados e fortes do que no primeiro disco. Além disso, muito se nota dessa loucura toda de influências nos arranjos vocais bastante detalhados, divertidos, cheios de coros, harmonias e respostas.

 

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