Passeio na vila do Chaves: exposição abre no MIS com itens inéditos
Exposição do MIS Experience celebra 40 anos do seriado no Brasil; objetos cedidos pela família de Roberto Bolaños e recriação de cenários são destaques
Lá vem o Chaves, Chaves, Chaves… Como não lembrar da música de abertura de Chaves, que fez parte da infância e adolescência de tantas pessoas? Há 40 anos, o seriado mexicano estreava no Brasil e, com ele, iniciava-se uma longa fase de estreias e reprises da produção criada pelo ator Roberto Bolaños, o Chespirito (que faleceu em 2014, aos 85 anos).
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Chaves e sua vila repleta de personagens icônicos até hoje fazem parte do imaginário popular, permanecendo vivos nas memórias dos espectadores. Para comemorar a marca dos 40 anos desde a estreia da série, o MIS Experience abre nesta sexta (5) a Chaves: A Exposição, a maior que o personagem já recebeu no mundo.
São 2 000 m² repletos de cenários que foram reconstruídos para a completa imersão dos visitantes e objetos originais (como roteiros digitalizados e itens do Chapolin Colorado, outro ícone criado por Bolaños) que nunca haviam sido aprovados para saírem do México. “É a maior exposição que já fizemos. São diversos detalhes na cenografia. As pessoas vão mergulhar nas criações que saíram da mente de Bolaños”, promete Felipe Pinheiro, produtor executivo da empresa Boldly, que montou a exposição.
Além dos espaços perfeitos para fazer fotos e vídeos, as pessoas poderão saber os detalhes sobre a trajetória de Bolaños com textos variados. Há uma sala dedicada ao amor do ator pelo futebol e com referências ao episódio da inesquecível frase “teria sido melhor ver o filme do Pelé”. Todas as construções são reais: “o público vai entrar no barril do Chaves, conhecer a famosa casa da Bruxa do 71 e explorar todos os ambientes, incluindo Acapulco”, destaca Pinheiro.
Ainda sobre o ineditismo dos itens originais, como as roupas de Seu Madruga, Dona Florinda e Dona Clotilde, o produtor afirma que foi muito difícil convencer os familiares a emprestarem as peças: “O tamanho da exposição e a estrutura do MIS ajudaram. Além disso, era uma oportunidade única do público ver tudo isso ao vivo, com todas as marcas do tempo”, diz.
André Sturm, diretor do Museu da Imagem e do Som, comemora: “é para começar o ano com o pé direito. Essa exposição vai alegrar os fãs e fazer com que outras pessoas passem a admirar esse universo”. Sturm aponta que o Brasil é um dos países com mais fãs de Chaves fora do México. E por que o personagem é tão famoso? “Ele é carismático, humilde e ingênuo, o que faz com que o público se identifique”, define Pinheiro.
Publicado em VEJA São Paulo de 05 de janeiro de 2024, edição nº 2874