25 motivos para amar o Ipiranga
Além de abrigar pontos históricos, como o Parque da Independência, a região possui o único aquário da cidade, bares tradicionais e uma premiada hamburgueria
O bairro da Zona Sul faz parte da história do país. Em 1822, onde é hoje o parque nos arredores do Museu Paulista, Dom Pedro I proclamou a Independência do Brasil. Um monumento no local lembra a data e guarda os restos mortais de imperadores. Áreas tranquilas, com muitas árvores, atrações como o Aquário de São Paulo e bons lugares para comer como o restaurante Nico Pasta & Basta e a Hamburgueria do Seu Oswaldo compõem o cenário da região. Selecionamos a seguir 25 dicas.
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1. A formação do bairro tem origem no início do século XVI quando João Ramalho vivia na região do Planalto Piratininga com índios Guaianases. Com a distruibuição de terras, os homens brancos dominaram a região, valorizada principalmente por estar no caminho do mar. A ocupação facilitou a expansão de fazendas e o comércio na região.
2. Apesar de não integrar o circuito boêmio da cidade, há boas opções de bares para beber e petiscar. No Bar do Magrão, uma das cervejas da carta de 140 rótulos acompanha bem o escondidinho de bacalhau (R$ 44,00). No Coronel Santinho, são dezesseis opções de drinque.
3. Tradicional no centro, a Casa da Mortadela abriu uma filial no Ipiranga há treze anos. No sanduíche mais amado dos paulistanos, 450 gramas do embutido vem acompanhado de queijo e vinagrete por 12 reais.
4. Pertinho dali, o Hambúrguer do Seu Oswaldo reúne os esfomeados de plantão. A receita do cheese salada, criada há quase cinquenta anos, permanece intacta: no pão, 90 gramas de patinho, queijo prato, maionese, alface e molho de tomate fresco de produção própria.
5. O Parque da Independência é um dos tesouros do bairro. Na área de mais de 21 000 metros quadrados há registros de vários animais, como borboleta-pavão, saguis, gambás-de-orelha-preta e até bicho-preguiça. Os jardins, desenhados pelo paisagista belga Arsenius Puttemans, foram inspirados na área verde ao redor do Palácio de Versalhes, em Paris. O parque é também o local predileto dos skatistas da capital.
6. Nas dependências do parque, o Museu Paulista da Universidade de São Paulo, inaugurado em 7 de setembro de 1895, é o mais antigo da capital. Também conhecido como Museu do Ipiranga, é casa de 125 000 peças entre objetos, iconografia e documentação textual. Atualmente está fechado para reforma, mas ainda é possível apreciar a fachada da imponente construção.
7. Nos primeiros anos do século XX, o Ipiranga, região ainda pouco habitada, abrigava várias olarias, o que contribuiu com a ocupação operária do local. Apesar de já sediar algumas fábricas, foi a partir de 1935, com a chegada de grandes indústrias ao bairro, que se iniciou o processo de desenvolvimento.
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8. Entre os restaurantes italianos do local destaca-se a Cantina do Magrão, que tem no cardápio pratos como o bem servido capelete de quatro queijos, cogumelo-de-paris e páprica picante, que serve duas pessoas (R$ 90,00).
9. Desde 1970, a Sorveteria Damp serve os gelados mais pedidos do bairro. Entre os sabores, opções inusitadas, como manjericão, rapadura, queijo brie com damasco e até gorgonzola mais nozes. Um dos mais pedidos, criado em homenagem à história do bairro, é o gelado do príncipe: sorvete de chocolate branco belga com creme de avelã.
10. Dono de vários estabelecimentos no bairro, Osvaldo Nico Gonçalves, o Delegado Nico, mantém quatro casas gastronômicas por lá: Sala Vip, Bar do Nico, Nico Pasta e Basta e Nico Hamburgueria. Ele é um dos reis do pedaço.
11. Inaugurado em 2006, o Aquário de São Paulo é o maior da América Latina. Os dois milhões de litro d´água são a casa de 3 000 exemplares de cerca de 300 espécies de animais, entre eles um casal de ursos polares.
12. Nascido em 7 de julho de 1859, Vicente de Azevedo foi um professor, advogado, compositor, filantropo e político brasileiro. Proprietário de muitos imóveis, doou parte deles à caridade. Por sua preocupação social, foi nomeado Conde Romano pelo Papa Pio XI. Hoje, suas memórias são preservadas no Museu Vicente de Azevedo, pouco conhecido dos paulistanos.
13. Para comemorar o centenário da Independência do Brasil, em 1922, foi inaugurado o Monumento à Independência. Esculpido em granito e bronze por Ettore Ximenez, sofreu alterações de José Wasth Rodrigues. Abriga uma cripta com os restos mortais da imperatriz Dona Leopoldina, os de D. Pedro e os de Dona Amélia de Beauharnais, segunda esposa do imperador.
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14. O Mercado Municipal do Ipiranga é um dos queridinhos do pedaço. Com variedade de lojas que vai de açougue a floriculturas, o local recebe campanhas de vacinação e comemoração de datas especiais. No mês de setembro o mercado sedia a Feira do Livro do Ipiranga, um evento em homenagem ao aniversário do bairro.
15. No quadro Independência ou Morte, de Pedro Américo, é possível perceber um casebre atrás dos épicos cavalos de Dom Pedro I. Especula-se que a construção seja a situada hoje na Praça do Monumento, no Parque da Independência. Intitulada de Casa do Grito, é feita de pau-a-pique e integra o Museu da Cidade.
16. Em 1827 foi inaugurada a primeira escola elementar pública exclusiva para mulheres. Com cerca de 1 800 alunos, funciona hoje como Escola Estadual Seminário Nossa Senhora da Glória, ensinando crianças e jovens até o ensino médio.
17. Primeira indústria de grande porte a se instalar na região, a Fiação, Tecelagem e Estamparia Ypiranga Jafet é um marco da cidade. Fundada pelos imigrantes sírios Benjamim, Ricardo e Nami Jafet em 1906, a fábrica possuía um dos maquinários mais modernos da época, empregando 2 500 operários.
18. O mestre-padeiro Rogério Shimura mantém no bairro a Levain, uma das escolas de panificação e confeitaria mais antigas da cidade. Até pouco tempo era possível comprar as guloseimas fabricadas na escola aos finais de semana, por lá mesmo, na fábrica. Agora, os produtos são vendidos em um quiosque no Shopping Paulista.
19. A Estação Alto do Ipiranga, inaugurada em 2007, é uma das mais profundas do metrô com 34 metros subterrâneos, o equivalente a um edifício de onze andares. É também a primeira a se preocupar com a sustentabilidade: uma cúpula de vidro, com dezoito metros de diâmetro e nove de altura, garante iluminação natural ao local. Diariamente, 19 000 pessoas utilizam a estação.
20. No início do século passado, no centro da cidade, loteadores enchiam o bonde de pessoas para levá-las ao Ipiranga. A intenção era vender as baratas casas geminadas no bairro até então pouco habitado. Entre as travessas da Rua Bom Pastor, ainda hoje é possível visitar as vielas onde os padeiros e leiteiros deixavam suas mercadorias.
21. Doze construções centenárias foram tombadas em 2007, transformando o bairro em um museu a céu aberto. São elas: Instituto Padre Chico, Educandário Sagrada Família, Internato Nossa Senhora Auxiliadora, Antigo Noviciado Nossa Senhora das Graças Irmãs Salesianas, Antigo Grupo Escolar São José, Instituto Cristóvão Colombo, Seminário João XXIII – Congregação dos Missionários de São Carlos, Clinica Infantil do Ipiranga, Seminário Central do Ipiranga, Antigo Juvenato Santíssimo Sacramento, Colégio São Francisco Xavier, Instituto Maria Imaculada.
22. Um dos espaços de cultura e lazer mais frequentados da Zona Sul, o Sesc Ipiranga oferece aos visitantes inúmeras atividades: sala de leitura, piscina, solário, quadras poliesportivas, teatro e cafeteria, entre outros, preenchem o espaço de 8 000 metros quadrados.
23. Para matar a fome sem frescura, o Kaskata’s Lanches, em funcionamento desde 1979, serve aos clientes um extenso cardápio com opções variadas. São hambúrgueres, beirutes, sopas, saladas, omeletes, PF’s… vale pela tradição!
24. O Ipiranga foi o primeiro bairro de São Paulo a ter uma bandeira própria. A pira gravada no centro simboliza as cores e o local da Independência do Brasil e está posicionada à frente do Monumento do Ipiranga. O hino exalta o “berço do Brasil, onde o Sol da liberdade despontou”.
25. O futebol tem espaço garantido no bairro. O Clube Atlético Ipiranga (CAY) foi fundado em 1906 e hoje funciona como clube e complexo esportivo. Localizado na Rua do Manifesto, conta com academia, biblioteca, pista de boliche, piscinas, quadras e outras atrações.