Xiaomi abre sua 2ª loja em shopping da capital com até 50% de desconto
A gigante de tecnologia é conhecida, principalmente, pelos smartphones com preços competitivos e câmeras de boa qualidade
De patinete a fone de ouvido, passando por pulseira fitness, robô aspirador de pó, guarda-chuva, mala e sensor de presença. Quem visita a primeira loja paulistana da gigante chinesa de tecnologia Xiaomi, inaugurada em junho no Shopping Ibirapuera, se surpreende com a variedade de produtos, muito além dos queridinhos celulares que fizeram a fama da marca. Após cinco meses sentindo o terreno paulistano, a empresa inicia agora expansão com um novo ponto de vendas, desta vez no Shopping Center Norte.
Com abertura prevista para o próximo dia 23, a loja deve repetir as filas vistas na estreia na capital, pois promete descontos especiais na data. Todos os produtos terão redução de 10% nos preços, com alguns artigos chegando a até 50%. “Devemos ir também para fora do estado no ano que vem”, adianta o diretor de produtos Luciano Barbosa. “As lojas funcionam como showrooms para nós, já que os brasileiros estão conhecendo nossos artigos agora e compram muito pelo site.”
Houve uma tentativa de trazer o negócio para o Brasil em 2015, que não vingou. Agora, com mais de 500 funcionários, a nova fase da operação nacional inclui, desde o ano passado, um escritório na Vila Mariana e uma parceria com a fábrica e distribuidora DL, em Santa Rita do Sapucaí, no interior de Minas Gerais, onde são feitas adequações necessárias nos itens importados, seguindo regras do Inmetro. Em conjunto, as duas companhias decidem quais artigos entre os mais de 2 000 disponíveis no portfólio asiático desembarcam por aqui — hoje, a Xiaomi oferece cerca de 200 produtos no Brasil. “A regulamentação da indústria nacional é muito forte, esse virou nosso primeiro filtro. Algumas opções, apenas em 220 volts, preferimos não trazer”, explica Barbosa.
Entre os favoritos, a Mi Band, pulseira/relógio voltada para o monitoramento de atividades físicas, tem quase 250 000 unidades comercializadas por mês, segundo a marca. As vendas dos fones de ouvido sem fio também superam 200 000 exemplares mensais. Na seara dos “menos tradicionais”, o kit de sensores inteligentes, com funções de segurança e disparadores automáticos de luz, anda em um crescendo: 10 000 deles são vendidos mensalmente. Os dados de smartphones não são divulgados pela companhia. Isso porque ainda existe um forte contrabando de aparelhos da etiqueta para cá, o que distorce a contagem.
Com preços que variam de 699 a 4 799 reais, eles se destacam pelo valor competitivo e pela qualidade das câmeras. O intermediário Redmi Note 8 Pro (2 299 reais), lançado no último dia 8, possui quatro lentes e uma resolução de 64 megapixels. Como comparação, a tríade de câmeras do novo iPhone 11 Pro (que custa a partir de 6 999 reais) possui três sensores de 12 megapixels cada uma. A Xiaomi afirma competir com as grandes do mercado, como Samsung e Apple. De acordo com o site StatCounter, especialista na área, a asiática aparece em quarto lugar em vendas globais de celulares, atrás das duas marcas citadas acima e da também chinesa Huawei.
O ganho de relevância pode ser atribuído ainda aos seguidores fiéis, que ajudam no crescimento e na divulgação da rede por aqui. Eles foram até apelidados de “Mi Fans”” pela companhia. Outro nome dado aos entusiastas, em um paralelo com a polarização política nas redes sociais, é “xiaominions”, devido a seu empenho e insistência na propaganda da empresa.
Só no Facebook, há mais de 1 milhão de curtidas na página brasileira. E esses fãs têm extrapolado a barreira da internet. Nathália Soldarini, 27, consome os artigos da Xiaomi desde que a bandeira chegou ao país, por acreditar que eles unem bom preço e qualidade. Agora, sua devoção alcançou um novo nível. “Eu me cadastrei em um site de empregos para uma vaga confidencial. Fui passando no processo seletivo e descobri que vou trabalhar na loja do Center Norte”, comemora.