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Shoppings de SP terão câmeras de temperatura e menos provadores

Equipamentos chineses instalados nos corredores vão detectar clientes possivelmente contaminados pelo coronavírus

Por Pedro Carvalho
Atualizado em 8 Maio 2020, 21h13 - Publicado em 8 Maio 2020, 19h42
Cliente tem temperatura medida em shopping de Campo Grande: novos tempos (Divulgação/Veja SP)
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Os shoppings de São Paulo terão uma série de novas tecnologias de prevenção à Covid-19 ao serem reabertos, após o fim da quarentena — estendida pelo governo do estado até pelos menos o dia 31 de maio

Entre esses recursos, estão câmeras chinesas que serão instaladas em tripés nos corredores para medir a temperatura dos clientes. A BrMalls (dona dos shoppings Villa Lobos, Jardim Sul, Mooca Plaza e Metro Santa Cruz) comprou 104 desses equipamentos (foto abaixo). “Vamos usar duas ou três câmeras em cada shopping do grupo [são 32 no Brasil]”, diz Renato Gaspar, diretor de operações da empresa.

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Modelo de câmera que vai medir a temperatura dos clientes nos shoppings (Divulgação/Veja SP)

Dois shoppings da BrMalls já foram reabertos no país, por ficarem em cidades onde a quarentena foi flexibilizada: Campo Grande (MS) e Caxias do Sul (RS). As tecnologias e as novas regras desses estabelecimentos serão trazidas para São Paulo após a reabertura do comércio na cidade.

Nessas unidades, todos os clientes e funcionários passaram a ter a temperatura medida por termômetros a laser na entrada (foto no alto da página). “Temos nos inspirado naquilo que fazem China e Coreia do Sul”, explica Gaspar.

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Os seguranças desses shoppings também usam a geolocalização de celulares para identificar e desfazer aglomerações nos corredores. Isso é possível graças a tecnologias que rastreiam o sinal de wi-fi dos aparelhos — antes da pandemia, diversos shoppings brasileiros usavam esse recurso para enviar promoções e propagandas segmentadas a clientes que estavam em locais específicos dos centros comerciais. 

Dentro das lojas, a administração pede — mas não determina — que as pessoas não experimentem mais as roupas nos provadores. A orientação é que elas possam levar as peças para casa e, se não quiserem comprá-las, troquem posteriormente.

As praças de alimentação agora têm apenas talheres descartáveis. Os shoppings também instalaram pias entre as mesas, para os clientes lavarem as mãos. “O álcool em gel está por toda a parte”, diz o diretor da empresa.

Todos os filtros de ar condicionado passaram a usar pastilhas antibactericidas e filtros biológicos para evitar a disseminação do coronavírus. Áreas como o corrimão das escadas rolantes e os botões dos elevadores são esterilizadas várias vezes ao dia. “Antes, a gente limpava o shopping”, diz Gaspar, “agora, nós higienizamos”. 

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A entrada de clientes ainda não precisou ser limitada nesses locais, porque a volta dos frequentadores tem sido gradual. O fluxo atual corresponde, em média, a metade daquele registado antes da pandemia. A limitação pode vir a acontecer, afirma a empresa. No caso dos lojistas, aproximadamente 85% deles retomou as atividades.

Ao todo, mais de 70 shoppings foram reabertos no país nas últimas semanas.

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