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Empresas e designers lucram com joias feitas com produtos naturais

Entre os materiais usados estão sementes de açaí, capim, folhas e pedras

Por Ricky Hiraoka
Atualizado em 1 jun 2017, 17h29 - Publicado em 29 nov 2013, 16h00

T ornou-se um clássico a cena do filme Os Homens Preferem as Loiras (1953) em que a platinada Marilyn Monroe canta uma música com o seguinte trecho: “Os diamantes são os melhores amigos das mulheres”. Nos tempos do ecologicamente correto e com o discurso da sustentabilidade impregnado até na produção e no consumo de artigos supérfluos, não seria exagero dizer que a letra da canção poderia ser adaptada e o cobiçado solitário fosse substituído por uma biojoia, como são conhecidos os colares, anéis e outros itens produzidos com materiais como capim dourado e semente de açaí, entre outros. Depois de secos e tratados, alguns deles ganham banho de ouro e são misturados a pedras preciosas. Outra vantagem é o preço: a maior parte das peças custa abaixo de 500 reais.

A moda vem ganhando cada vez mais espaço no pescoço, nas orelhas e nos dedos femininos. Criado em 2007 pelo analista de sistemas Rodrigo Bolton e pela designer de produtos Lu Ferreira, o Ateliê Especiarias, um dos principais nomes desse segmento na cidade, vende cerca de 12 000 peças por mês em suas duas unidades: uma no Mercado Municipal do Tucuruvi e outra localizada em um espaço de 30 metros quadrados no Mercado Municipal de São Paulo. Recentemente, a empresa abriu uma loja premium na Mooca, que trabalha só com coleções exclusivas, atende com horário marcado e serve champanhe à clientela. Ali, uma peça chega a custar 3 800 reais. “Quero atingir um público com poder aquisitivo mais alto, que seja viajado e que já conheça e entenda o valor de umproduto que tem responsabilidade  socioambiental”, acredita Bolton. Até o fim deste mês, a companhia inicia seu processo de internacionalização com a abertura de uma unidade no Chile e negocia a expansão para os Estados Unidos e a Suíça. No Brasil, deve terminar 2013 com treze endereços e faturamento de 4,2 milhões de reais, cerca de 50% a mais que o total registrado em 2012.

Outra empresária que se deu bem nesse campo foi a estilista Gabriela Yang, que comanda as grifes populares Malagueta e Munny, com lojas no Bom Retiro, Brás, Shopping Anália Franco e Pátio Paulista. Tudo começou há pouco mais de um ano, quando ela criou três modelos de colar usando sementes de frutos diversos e madeiras. Hoje, oferece mais de vinte tipos de gargantilha, além de pulseiras, o que representa 80% dos acessórios das marcas. Para o próximo ano, Gabriela prepara uma linha de brincos. “Nossas roupas têm muitas estampas e achei que artigos com produtos naturais combinariam com nosso estilo despojado”, explica.

O mercado de biojoias é um dos indicados pelo  Sebrae na série “Ideias de Negócios para 2014”, programa do instituto que aponta bons setores para pequenos empresários investirem em razão de eventos como a Copa do Mundo e a Olimpíada. Uma das pioneiras no ramo, a Maria Oiticica, fundada em 2002, no Rio de Janeiro, pretende ampliar sua área de atuação por aqui. Atualmente, 10% de suas criações são destinadas aos paulistanos, que as encontram em um único endereço, a loja Santo Espaço, na Vila Madalena. O plano de expansão da empresa prevê parcerias com outros estabelecimentos, além de hotéis e museus. “Em dois anos, 48% de nosso lucro virá do mercado paulistano”, planeja Juliana Ramos, do marketing da empresa.

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Adornos ecológicos

Alguns exemplos de brincos, anéis, pulseiras e colares que fazem sucesso nas lojas daqui

 

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Colar paxiuba com embuia biojoia
Colar paxiuba com embuia biojoia ()
Anel- erbarium com ouro rosa biojoia
Anel- erbarium com ouro rosa biojoia ()
Pulseira de paxiúba biojoia
Pulseira de paxiúba biojoia ()
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