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Praticidade nas compras impulsiona mercado de cosmético masculino

Sites e serviços on-line apostam em venda de produtos aos homens

Por Tatiana Izquierdo
Atualizado em 5 dez 2016, 12h08 - Publicado em 29 ago 2015, 00h00
beto jurgielewicz
beto jurgielewicz (Mario Rodrigues/)
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O coordenador de marketing Roberto Jurgielewicz, de 29 anos, gasta cerca de250 reais por mês em produtos de beleza. A sua lista de compras inclui xampu para a barba, cera para o bigode e óleo hidratante, entre outras coisas. Esse hábito de consumo é recente. “Não me sentia à vontade para entrar em lojas”, conta. O que mudou foi o aparecimento de sites especializados em comercializar esses artigos para homens. “Faço as encomendas e recebo tudo em casa depois de dois dias”, completa Jurgielewicz. Desde o início do ano, vários endereços surgiram na internet de olho em pessoas como ele. As entregas são feitas em todo o Brasil, mas o grosso das encomendas vem de São Paulo. “Cerca de 40% dos nossos fregueses moram na cidade”, conta Bruno Barroso, CEO da ComBarba, uma das empresas de e-commerce desse novo mercado. Ela começou a operarem novembro de 2014 e tem uma previsão de faturamento de 100 000 reais para o primeiro ano de atividade. “A área tem ainda muito potencial de crescimento”, diz o executivo.

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Os produtos para cuidar da barba estão entre os hits do momento, graças à moda hipster. Algumas lojas virtuais surgiram apostando nesse público. “Eu e meus amigos não encontrávamos produtos específicos para manter a barba bem cuidada, daí surgiu a ideia de criar o negócio”, conta Gabriel Militão, CEO da Poseidon. A lista dos itens mais procurados do seu portfólio inclui óleos, ceras e bálsamo, todos usados para tratar e estilizar os pelos faciais. O tíquete médio de compras gira em torno de 130 reais. Suas concorrentes diretas são a ComBarba e a Barba Brava, criada em 2015.

A aposta dos investidores parece certeira. O Brasil é o terceiro maior mercado do mundo em produtos de beleza, atrás apenas de Estados Unidos e China. Segundo uma pesquisa do Instituto E-Bit/Buscapé, divulgada neste mês, houve um aumento de 25,2% no volume de pedidos da categoria cosméticos feitos somente pelo público masculino desde o fim de 2014. “Não acho que o homem está se cuidando mais”, entende Abdel Ismaili, profissional das tesouras e das navalhas da Garagem, em Moema, uma das barbearias no estilo vintage surgidas nos últimos tempos na metrópole. “Mas a turma aprendeu que desodorante e creme de barbear não são os únicos artifícios disponíveis para manter o visual em dia”, completa.

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O barbeiro dá dicas de como manter o visual em dia:

– Ao decidir deixar a barba crescer procure um especialista e tire suas dúvidas. Ele vai te orientar a manter o melhor desenho, quais os produtos ideais para estilizar e a frequência com que você deve fazer a manutenção dos pelos crescidos;

– O tempo para fazer a barba é específica para cada tipo de pele. O ideal é visitar o barbeiro de 15 em 15 dias para corrigir os pelos crescidos;

– Quem prefere cuidar em casa, é preciso investir em um bons produtos. Creme de barbear, lâmina e pós-barba são os essenciais. Isso garante que a pele não fique irritada;

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– A barba é como o cabelo e precisa ser limpa diariamente para evitar o mau cheiro. Quem usa cera, óleo hidratante ou perfume, deve ter mais atenção;

– Para barbas volumosas, use sempre o secador para tirar a umidade. O vento quente também ajuda a deixar os pelos alinhados, lisos e macios;

– A barba mais comprido, aquele que ultrapassa a linha do pescoço, pode receber um relaxamento nos pelos, que deixará o visual mais liso e sempre alinhados.

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