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Como criar o home office mais adequado pra você

Com orçamentos diferentes é possível montar um local de trabalho confortável e agradável

Por Tatiane de Assis Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 22 Maio 2020, 16h43 - Publicado em 15 Maio 2020, 14h02

Home office dos sonhos

Com a atenção orientada porta adentro e a demanda pelo trabalho remoto tornada urgente por causa da Covid-19, muitos paulistanos tiveram de apressar os planos de montar um escritório em casa. O ponto de partida para pensar esses ambientes é a funcionalidade. “Se a pessoa vai se desconcentrar vendo a pia da cozinha, com louça, é melhor ela trabalhar de frente para uma parede e colocar um quadro legal para ficar mais agradável”, aponta a arquiteta gaúcha Carmela Rocha, de 40 anos, que mora em São Paulo há dez anos. Conforto, para ela, vai além da mesa e cadeira escolhidas. “O ambiente tem de inspirar.” Carmela e o marido, o sociólogo Fernando Marinelli, são home officers de carteirinha. A entrada do apartamento deles, em Perdizes, é o escritório. “Quando nos mudamos, estruturamos o espaço a partir de três elementos: os livros, o piano de cauda e a churrasqueira”, explica ela. Inicialmente, a mesa de trabalho era ocupada alternadamente pelos dois. Com a quarentena, eles passaram a dividi-la ao mesmo tempo e delimitaram o pedaço de cada um com uma fita crepe. “Quando alguém passa um fio, já nos olhamos torto”, brinca.

(Carmela Rocha/Divulgação)

Home office real

No esquema baixo orçamento, a arquiteta Thamires Mendes, 28 anos, da Arqtab, pegou no quarto da mãe a mesa onde ficava a televisão. Levou o móvel para a cozinha e pôs debaixo do armário suspenso. “Coloquei também um quadro de cortiça lá, para visualizar melhor as minhas tarefas. Era algo que tinha no escritório e sentia falta”, resume ela, que gastou um tantinho de suor e nada de dinheiro na empreitada. Outro adepto da simplicidade, o arquiteto Fernando Brandão, de 59 anos, criou um cantinho de 3 metros quadrados na sacada, onde colocou o computador e a impressora. “Luz natural é essencial, não só pela economia de energia, mas porque é saudável”, diz o santista, que tem do ambiente envidraçado uma bela vista da Zona Oeste de São Paulo.

 

(Fernando Brandão/Divulgação)

Quando o sol não dá as caras, uma dica do arquiteto Guto Requena, de 40 anos, é embutir lâmpadas em prateleiras e usar uma luminária de mesa. Ele também recomenda delimitar os ambientes, por meio de portas, cortinas ou biombos. Em um projeto que custou cerca de 15 000 reais, Requena criou em um tríplex na Vila Mariana um armário embaixo da escada. Quando as portas estão fechadas, se tornam superfícies espelhadas, quando estão abertas, tem-se um espaço com direito à mesa ampla (2,60 metros de comprimento e 65 centímetros de largura). Na via oposta ao abre e fecha, Rodrigo Oliveira, de 33 anos, do estúdio Vapor, defende a integração do escritório com os outros espaços da casa. Também em um apartamento, no bairro de Higienópolis, ele instalou na sala uma estante multiúso com escrivaninha embutida e prateleiras para livros e televisão. “Essa ideia de trabalho confinado foi pelos ares. O que vem ganhando força é o escritório que conversa com outros espaços”, afirma Rodrigo, que acredita na ampliação da verve colaborativa no lar. “As pessoas ficam sabendo e partilham o que você está fazendo”, completa ele. Quando o pedido é silêncio, uma boa opção é estabelecer um acordo com os familiares ou lançar mão do velho fone de ouvido para ajudar.

(Guto Requeña/Veja SP)

Na ponta da sofisticação, em uma posição quase ideal (não fosse a internet de satélite com sinal fraco), está a Casa Arca. Idealizada por Marko Brajovic, tem 130 metros quadrados e está a 10 quilômetros de Paraty. Cercada pela Mata Atlântica, lembra um casco de tartaruga, que tem como espaço principal uma sala versátil. “A mesa grande comporta até doze pessoas. Nela, comemos e também trabalhamos”, diz o croata naturalizado brasileiro. Sua temporada lá, junto à família, dura dois meses. “É uma mudança de paradigmas”, resume Marko. Para quem não tem a mesma sorte e orçamento, uma boa opção é se cercar de mudas de plantas variadas. O mineiro Samuel Gonçalves, do projeto @umbotaniconoapartamento indica algumas espécies de fácil manejo, que podem viver na sombra, como marantáceas, calateias, peperômias e palmeiras raphis. …e a versão possível Quanto ao cacto, ele adverte: “O fato de ele não gostar de água não quer dizer que não precise de iluminação. Ele pede seis horas de sol pleno”. Recomendações anotadas, a próxima instrução é manter a arte por perto. Vale um quadro ou poema, como Contranarciso, de Paulo Leminski: “Assim como / Eu estou em você / Eu estou nele / Em nós / E só quando estamos em nós / Estamos em paz / Mesmo que estejamos a sós”.

(Massimo Failuti/Divulgação)

 

Mais dicas por Carmela Rocha

> Altura da mesa: 70 cm a 75 cm

> Cadeira: com apoio para braços e cotovelos

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> Distância entre cadeira e parede de fundo: 80 cm

> Distância mínima onde circulam pessoas: 1 m

> Posição do monitor: sem estar de frente para janela

 

(Victor Affaro/Divulgação)

 

(Divulgação/Divulgação)

 

1. Biombo Dobras

Peça do designer paulistano Bruno Niz, inspirada em artistas como Lygia Clark (1920-1988). De alumínio naval, é composta de módulos. A altura máxima recomendável é 1,5 metro (R$ 14 606,00)

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2. Ring Light

Recomendado para realização de lives, o kit com anel de Led e tripé está disponível no site da Thata Esportes (R$ 74,90)

3. Estandartes coloridos

Bandeira Peixe, do estúdio @emoriô, com 60 centímetros de altura (R$ 40,00)

4. Cadeira de rodinhas

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O modelo giratório Fitz, na cor preta, está disponível na Mobly. Facilita a locomoção pelo ambiente (R$ 399,00)

 

Publicado em VEJA SÃO PAULO de 20 de maio de 2020, edição nº 2687.

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