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Polícia apreende adolescente por agressão a jovem em Higienópolis

Menina também é acusada de praticar assaltos na região

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 14 fev 2020, 15h54 - Publicado em 17 out 2019, 13h21
Ponto que ocorreu o crime contra a adolescente de 14 anos na Avenida Higienópolis (Google Maps/Divulgação)
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A Polícia Civil apreendeu uma adolescente, na quarta-feira (16), no centro da capital paulista. A jovem era a segunda investigada por praticar assaltos e agredir uma estudante de 14 anos, na região de Higienópolis. Ela já tinha sido identificada e estava com uma medida de internação provisória decretada.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a menor se apresentou no 4º DP (Consolação) acompanhada de sua mãe, onde foi reconhecida por uma vítima e encaminhada à Fundação Casa.

Por volta das 13h do dia 3 de outubro, uma estudante de 14 anos, que preferiu não ser identificada, voltava do colégio quando foi agredida por duas adolescentes na Avenida Higienópolis, entre a Rua Itacolomi e a Avenida Angélica, na região central da capital paulista, durante uma tentativa de assalto. Uma das autoras foi apreendida na tarde de terça-feira (15) pela Polícia Civil.

Segundo a investigação, a jovem é suspeita de praticar furtos na região de Higienópolis. A menor teve o pedido de internação provisória acatado pelo juiz da 1ª Vara Especial da Infância e Juventude de São Paulo e foi encaminhada para a Fundação Casa.

Agressão

O susto mudou a rotina de toda a família, que passou a se revezar para buscar a jovem na escola, a pedido dela mesma. “Neste ano, minha filha começou a voltar sozinha da escola. Com muito esforço, decidi que era preciso liberar, já que moramos perto do colégio. Ela sempre volta com amigas, mas infelizmente no dia do assalto, estava sozinha. Agora, ela não quer mais voltar da escola desacompanhada. Estamos nos revezando para levá-la e buscá-la”, disse a mãe da vítima, que preferiu manter o anonimato.

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A adolescente foi abordada por uma menina morena que a pegou por um dos braços e a pressionou contra a parede. “Disse que era um assalto e que deveria dar o celular. Quando minha filha respondeu que estava sem, ela não acreditou. Neste momento, a outra menina (loira) deu a volta e disse que minha filha deveria ir com elas. Ao questionar para onde, a loira a segurou. Ela reagiu e tomou vários socos na cabeça”, recordou a mãe.

Ela acredita que a situação só não saiu do controle porque duas pessoas que passavam pelo local socorreram a adolescente. “Quando chegou em casa, foi um susto. Ela estava muito machucada ficou com vários galos na cabeça. Fora o emocional. Esperei ela se acalmar e fomos até o 4º DP fazer o boletim de ocorrência”. No mesmo dia, elas foram ao Instituto Médico Legal (IML) fazer o exame de corpo de delito.

Duas semanas depois, a adolescente ainda está abalada. “Ela está num carrossel de emoções. Depois do reconhecimento das suspeitas, ela está muito quieta”, disse.

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No vídeo registrado pelas câmeras de segurança de um condomínio da região é possível ver as duas adolescentes abordando a estudante. Após rápida conversa, começam as agressões. Pessoas que passavam pelo local tentaram impedir o ato de violência.

Segundo a mãe da vítima, ao entregar as imagens, o zelador do prédio disse que pretendia ir à polícia porque não era a primeira vez que as duas meninas praticavam crimes na região e apareciam nas filmagens. Ela e a filha, no entanto, nunca tinham visto as meninas antes. “Encaminhei as imagens à delegacia. Soube que uma das adolescentes já tem passagem pela polícia. A gente precisa fazer boletim de ocorrência para não deixar ninguém impune.”

“Há dois meses, houve surto de assaltos, mas o policiamento ajudou a diminuir”, disse Francisco Machado, presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) da região de Higienópolis e Santa Cecília. De acordo com ele, a ronda a pé e o policiamento a cavalo ajudaram a reduzir a criminalidade.

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Para Fábio Fortes, ex-presidente do Conseg da região de Higienópolis e Santa Cecília, a comunidade integrada inibe ocorrências policiais. “Hoje a principal ferramenta para combater a insegurança pública tem sido os grupos de WhatsApp, criados pelo programa Vizinhança Solidária da Polícia Militar (PM), que está integrando comércio, síndicos e moradores”, avaliou.

Estatísticas

Segundo a SSP, entre janeiro e agosto deste ano, o 4º DP (Consolação) registrou 1 800 roubos, aumento de 25 casos em relação aos 1 775 casos registrados nos oito primeiros meses do ano passado. Com relação aos furtos, foram 4 652 no mesmo período. O número representa queda de 5% em relação aos meses de janeiro a agosto de 2018, quando foram feitas 4 897 notificações.

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