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Testamos os bufês de sopas de cinco superpadarias paulistanas

Na semana mais fria do ano (entre 21 e 25/7), avaliamos o serviço oferecido pelas concorridas Bella Paulista, Dona Deôla, Galeria dos Pães, Maria Louca e Villa Grano

Por Mayra Maldjian
Atualizado em 20 jan 2022, 09h54 - Publicado em 26 jul 2013, 23h01
Maria Louca Sopas
Maria Louca Sopas (Divulgação/)
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Na noite de 24 de julho, quando os termômetros registravam as mais baixas temperaturas dos últimos 13 anos na capital paulista, cinquenta pessoas aguardavam, encolhidas em seus casacos volumosos, um lugarzinho no mezanino da Galeria dos Pães, nos Jardins, onde é servido um dos bufês de sopa mais populares da cidade. “Tem que valer a pena”, comentou um casal no fim da fila, que descia a escada e serpenteava pelo corredor de frios e laticínios da padaria. A espera demorou uma hora e dez minutos. Ninguém arredou pé.

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Não muito longe dali, na Bella Paulista, a fila de quarenta pessoas andava mais rápido: a espera durava, em média, vinte minutos. “Com esse friozinho, o povo vem correndo tomar sopa”, disse a garçonete responsável por organizar a entrada dos clientes. Os mais espertos “furavam” a fila e se abraçavam as suas cumbucas no balcão mesmo.

E nem é preciso estar muito frio para que os paulistanos procurem os concorridos bufês de sopas. Mas, mais que uma mesa farta e variada, é preciso espiar se o preço está de acordo com o sabor, a qualidade e o atendimento. Para dar uma mãozinha, avaliamos cinco superpadarias que oferecem o serviço.   

■  Bella Paulista

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As sopas: das cinco opções, a mais apetitosa era a de grão-de-bico, com carne bovina em cubinhos e brócolis. A temperatura estava boa, com exceção do creme de alho-poró, que já chegava frio à mesa. A canja ficaria melhor se o frango estivesse desfiado em vez de cortado em pedaços. Caldo verde e legumes completavam o menu.

O bufê: doze tipos de minipães preenchiam a bancada, onde também estavam expostas duas travessas de saladas, já pela metade. Frias, as coxinhas não foram substituídas. Apesar de remexidas, as sobremesas enchiam os olhos: tortas de quindim, morango e limão, bolos e alguns pães doces. Para beber, sucos naturais de laranja e laranja com acerola e água, tudo à vontade.

O serviço: não havia placa indicando o sabor da sopa de grão-de-bico. Sempre apressadas e pouco receptivas, as garçonetes trocavam panelas e cestos de pães esvaziados.

O preço: R$ 34,50 por pessoa.

Horário do bufê: diariamente, das 18h às 4h.

■   Dona Deôla – Lapa

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As sopas: seis receitas borbulhavam nos caldeirões enfileirados. O saboroso minestrone com carne era o mais disputado. Com textura diferente, a de canjiquinha com costelinha destoava das triviais canja, alho-poró, caldo verde e mandioquinha com abobrinha crocante. Tudo quentinho e bem temperado. Tentação: fatias de bacon.

O bufê: impecável, era dividido em duas alas. De um lado, amontam-se 16 cestinhas de pães, do tradicional francês aos recheados variados _há também salsicha e purê para montar um minicachorro-quente. De outro, saladas caprichadas, como a vistosa versão da grega, dividiam espaço com pastas como homus e coalhada seca, bandejas fartas de frios e frutas em caldas. Irresistível mesmo era a canjica com canela. Não inclui bebidas.

O serviço: garçonetes limpavam as mesas o tempo todo e repunham pratos e cumbucas rapidamente. Circulando de um lado para o outro, tiravam dúvidas dos clientes sobre ingredientes e preços. O corredor de mesas estava concorrido, mas não foi difícil conseguir um cantinho.  

O preço: R$ 31,90 por pessoa.

Horário do bufê: diariamente, das 18h às 2h.

■  Galeria dos Pães

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As sopas: a longa espera na fila aumenta a expectativa. Uma hora e dez minutos depois, chega a hora de aquecer a barriga. Mais ou menos. O movimento era tamanho que as panelas permaneciam destampadas. Com isso, as sopas perdiam um pouco da temperatura e chegavam à mesa mornas. O sopão da galeria (com fusilli, abobrinha, cenoura, chuchu, mandioquinha e carne em cubinhos) e a sopa de feijão com macarrão eram as mais quentes e saborosas.

O bufê: pães deliciosos e fresquinhos. Vale provar as miniciabatas de calabresa ou parmesão. Outra mesa expõe pudim de leite, brigadeirão, rocambole colorido e gelatina. Café e chá à vontade, assim como os sucos de máquina e a água mineral. 

O serviço: as cumbucas usadas não foram recolhidas da mesa em momento algum. Os pratos são pequenos e não comportam a tigela e os pães. É preciso se servir duas vezes. Cuidado para não tropeçar na criançada. Música ao vivo das 18h às 22h.

O preço: R$ 31,80 por pessoa.

Horário do bufê: diariamente, das 18h às 5h. 

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Villa Grano Sopa
Villa Grano Sopa ()

■  Maria Louca Casa de Pães (estabelecimento fechado para reforma)

As sopas: “somente sopas, pães e sucos”, repetem os garçons aos clientes confusos. Não é por menos. O bufê de sopas fica em meio ao bufê completo do jantar, que inclui ainda massas, pizzas, grelhados e saladas. Quatro réchauds mantêm aquecidos os caldos apetitosos. De todas as padarias, é a única que indica as calorias do produto _100 gramas da sopa santista, por exemplo, têm 59 calorias. A receita leva peixe, legumes, macarrão e camarão. Se essa não for muito a sua praia, prove a sopa nordestina, de feijão com bacon e macarrão. Caldo verde e creme suíço são as outras opções.

O bufê: minicroissants recheados de presunto e queijo destacam-se entre as cestinhas de pães. O arroz doce, com cravo, canela e fatias de coco, vale as calorias. Sucos naturais à vontade.

O serviço: a reposição das tigelinhas demorou um bocado. Garçons limpam e arrumam as mesas desocupadas constantemente.

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O preço: R$ 22,90 por pessoa.

Horário do bufê: diariamente, das 18h às 23h.

■  Villa Grano – Vila Madalena

As sopas: o tempero é por conta do próprio cliente, que tem à disposição salsinha, cebolinha,  linguiça calabresa e queijo ralado. “Colocamos o mínimo de sal”, explica o garçom responsável pelo salão. Por conta disso, ficou difícil se apaixonar por um dos caldos. O creme de ervilha venceu em sabor a canja com pedaços muito grandes de frango, o caldo verde, com excesso de folhas fatiadas, e o creme de mandioquinha, sem cor.

O bufê: arroz, feijão, grelhados, pizzas, tortas salgados e massas permaneceram quase intocados. Os pãezinhos estavam um pouco duros e secos. O pão de queijo recheado com catupiry e os palitinhos com gergelim brilhavam nos papéis de acompanhantes. Uma boa opção é substituir a cumbuca pelo pão italiano. Sem muito destaque, a sopa tropical de manga, posicionada ao lado das saladas e dos docinhos típicos de padaria (carolinas e suspiros, por exemplo), é a melhor sobremesa. Bebidas (sucos de máquina, água e café) à vontade.  

O serviço: em alguns momentos o funcionário desaparecia do salão, mas era atencioso diante das dúvidas.

O preço: R$ 29,90.

Horário do bufê: diariamente, das 18h30 às 2h.

 

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