Provamos cinco petiscos do Comida di Buteco
Veja abaixo a avaliação de cinco tira-gostos servidos em diferentes regiões da cidade. O concurso rola até domingo (12)
Em cartaz até domingo (12), o Comida di Buteco é um verdadeiro deleite para os botequeiros de plantão. Para participar da competição que se propõe a eleger o melhor petisco da capital, cinquenta bares receberam a missão de criar receitas exclusivas para o evento.
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Em comum, todos deveriam levar mandioca e calabresa. Surgiram daí inúmeras combinações, entre elas a servida no Bar do Justo, na Zona Norte, uma coxinha envolta por massa de mandioca com calabresa e recheada de costelinha bovina.
Com que petisco eu vou?
Para auxiliá-lo na difícil missão de escolher o que provar, VEJA SÃO PAULO visitou cinco bares de diferentes regiões da cidade e provou algumas das delícias servidas no concurso. Confira:
Apesar da aparência simples, as ótimas receitas portuguesas valem a visita. Para o Comida di Buteco, foi criada uma porção de bolinho de mandioca recheado com linguiça portuguesa, com quatro unidades. Apesar do bom sabor do recheio, a massa poderia estar um pouco mais seca. O molho de alho é um bom adicional.
Trata-se de um legítimo representante do universo botequeiro. O bar de ambiente “pé-sujo” tem petiscos simples e bem servidos. Durante o concurso, serve uma cremosa coxinha envolta por massa bem sequinha de mandioca com pedaços pequenos de calabresa (de sabor quase imperceptível, uma pena!). A boa surpresa está no recheio: uma porção generosa de costelinha bovina desfiada bem saborosa. Vem ainda com uma porçãozinha de maionese artesanal e pimenta-biquinho, que ressaltam o sabor do quitute.
O histórico endereço da Mooca perdeu em maio de 2012 seu fundador, o paulistano Elídio Raimondi. Suas três filhas assumiram o controle da casa, que continua a oferecer um dos mais fartos balcões de acepipes da cidade. A porção servida durante o Comida di Buteco trata-se de uma tentadora releitura de um dos petiscos clássicos da casa: o canapé de linguiça blumenau. No festival, o tira-gosto aparece numa versão montada sobre chips fininhos e crocantes de mandioca.
O restaurante com jeitão de boteco reúne no cardápio clássicos da cozinha baiana. Acomode-se numa das mesinhas da varanda ou do salão interno para provar o criativo cuscuz de fumeiro, sugestão criada para o Comida di Buteco. Essa versão da receita vem incrementada com linguiça triturada e nacos de bacon. A massa úmida é um dos diferenciais.
Este boteco com ares de antigamente foi aberto pela mesma família fundadora do conhecido bar-restaurante Dona Felicidade, na Vila Romana. Garantia, portanto, de boa qualidade nas comidinhas que saem da cozinha. O petisco servido durante o Comida di Buteco tem sotaque brasileiro: cestinha de provolone com mandioca frita e calabresa. Apesar de bem executada, a receita perde pontos no quisito criatividade.